UM RIO CHAMADO TEMPO, UMA CASA CHAMADA TERRA
MIA COUTO
Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra chama atenção para duas dimensões da produção de Mia Couto: elementos da natureza e fantasia. Na narrativa, o jovem Mariano sai da cidade onde vive e cruza o rio rumo à sua terra natal para participar dos funerais do avô, que se encontra em um estado inusitado: não consegue acabar de morrer. Lá, ele se descobre em meio a intrigas e segredos familiares e precisa solucionar um conflito pessoal. Além da riqueza proporcionada por essa confluência de ficção, mistério, fantasia e muita poesia, a obra também oportuniza a observação do protagonismo juvenil, representado pela figura de Mariano e pela ampliação de referências sobre a África lusófona.