De volta à Inglaterra, um homem se junta a um grupo de velhos espiões da Segunda Guerra. Em comum, eles têm o poder de prever o futuro e, assim, evitar traições. Uma narrativa de grande engenhosidade, que se equilibra entre o humor e a reflexão. Autor de Coração tão branco/, Javier Marías é um dos mais importantes escritores espanhóis contemporâneos.
De volta à Inglaterra, um homem se junta a um grupo de velhos espiões da Segunda Guerra. Em comum, eles têm o poder de prever o futuro e, assim, evitar traições. Uma narrativa de grande engenhosidade, que se equilibra entre o humor e a reflexão. Autor de Coração tão branco/, Javier Marías é um dos mais importantes escritores espanhóis contemporâneos.
O narrador de Seu rosto amanhã é um ex-professor da Universidade de Oxford que, depois de se separar da mulher, resolve voltar à Inglaterra. Guiado por outro professor aposentado, ele encontra um grupo de velhos espiões do núcleo do Serviço Secreto britânico que atuaram contra o nazismo durante a Segunda Guerra. Surpreendentemente, eles continuam na ativa, mas com novo e misterioso objetivo.
O narrador é descoberto pelos espiões, que reconhecem nele o mesmo dom (ou maldição) que possuem: a capacidade de prever traições ao surpreender em rostos e gestos o comportamento futuro das pessoas. Sem saber exatamente por quê, o ex-professor começa a trabalhar para o grupo.
Com grande engenhosidade, a narrativa segue no limite entre humor e reflexão. Toda a trama de Seu rosto amanhã se baseia na desconfiança. O passado dos que foram traídos e delatados precisa ser reescrito. A irônica advertência inicial do romance de que "ninguém deveria contar nada nunca" não é (e nem poderia ser) seguida pelo narrador. Se contar é o ofício dos delatores, também é a razão de ser da literatura. "O relato nos afeta mais do que os fatos, mesmo o relato do que nunca ocorreu.", escreve Javier Marías.