Nascido à meia-noite de 15 de agosto de 1947, momento oficial da independência da Índia, Salim Sinai tem seu destino imbricado com a história do país. Um mar de aventuras fantásticas narradas no estilo irônico e exuberante de Rushdie.
Nascido à meia-noite de 15 de agosto de 1947, momento oficial da independência da Índia, Salim Sinai tem seu destino imbricado com a história do país. Um mar de aventuras fantásticas narradas no estilo irônico e exuberante de Rushdie.
A história da Índia no século XX narrada em chave de realismo fantástico. Assim pode ser descrito o romance Os filhos da meia-noite, de 1980, que rendeu a Salman Rushdie o Booker Prize de 1981 e o Booker of Bookers Prize, em 1993, conferido ao melhor livro publicado durante os primeiros 25 anos do mais importante prêmio literário britânico.
O muçulmano de família abastada Salim Sinai, que narra em primeira pessoa a sua história, nasceu em Bombaim à meia-noite de 15 de agosto de 1947, no instante em que a Índia se tornava uma nação independente. A trajetória de Salim estará ligada à complexa e conturbada saga de seu país. Para complicar, ele descobre que foi trocado na maternidade por outro recém-nascido. Na verdade, deveria ser um hindu de família pobre.
Todos os mil e um indianos nascidos entre a meia-noite de 15 de agosto e a uma hora da madrugada de 16 de agosto de 1947 desenvolveram poderes extraordinários; o de Salim é a telepatia, que lhe permite reconstituir a história de sua família desde 1910 e examinar os acontecimentos políticos e culturais da Índia.
Primeiro livro a projetar Rushdie como um dos grandes escritores de nossa época, é considerado por boa parte da crítica o melhor livro já escrito pelo autor.