Em um monólogo composto apenas de dois parágrafos, o padre Sebastián Urrutia Lacroix repassa toda sua vida como literato e poeta. Escrito por Roberto Bolaño, Noturno do Chile vai além da denúncia política e da crítica à ditadura chilena para explorar a alma humana e suas contradições na aproximação da morte.
Em um monólogo composto apenas de dois parágrafos, o padre Sebastián Urrutia Lacroix repassa toda sua vida como literato e poeta. Escrito por Roberto Bolaño, Noturno do Chile vai além da denúncia política e da crítica à ditadura chilena para explorar a alma humana e suas contradições na aproximação da morte.
Noturno do Chile é um denso monólogo constituído de apenas dois parágrafos: o primeiro ocupa quase todo o livro, e o segundo é uma frase de apenas oito palavras. O padre Sebastián Urrutia Lacroix, o narrador, repassa de modo febril sua vida de poeta e crítico literário "comedido e conciliador", procurando uma resposta para as inquietações que o assaltam na proximidade da morte.
Iniciado no mundo das letras pelo papa da crítica literária chilena, o proprietário rural Farewell (que, além de apalpar-lhe as nádegas, o apresenta ao poeta Pablo Neruda), o padre vive sob a proteção de Pinochet, a quem dá inusitadas aulas de marxismo. Ao misturar personagens reais e ficcionais, Bolaño acerta suas contas com a ditadura chilena e com a vida literária do país. Porém, mais que fazer denúncia política, dá um mergulho fundo nas águas turvas das contradições humanas.
"Noturno do Chile é o que há de melhor e de mais precioso: um romance contemporâneo destinado a ter um lugar permanente na literatura mundial." - Susan Sontag
"Um livro belíssimo e maravilhosamente escrito, por um autor que tem um controle invejável de cada pulsação, cada mudança de andamento, cada imagem. Uma prosa sempre empolgante e desafiadora." - The Guardian