Num dos livros mais modernos e definitivos de Lygia Fagundes Telles, uma atriz decadente que se prepara para voltar aos palcos faz um amargo balanço de sua vida amorosa e de suas derrotas pessoais, ao mesmo tempo que lança luz aos dramas de seus homens, de sua filha e de sua jovem analista. Posfácio de José Paulo Paes.
Num dos livros mais modernos e definitivos de Lygia Fagundes Telles, uma atriz decadente que se prepara para voltar aos palcos faz um amargo balanço de sua vida amorosa e de suas derrotas pessoais, ao mesmo tempo que lança luz aos dramas de seus homens, de sua filha e de sua jovem analista. Posfácio de José Paulo Paes.
Rosa Ambrósio, uma atriz de teatro decadente, passa em revista, entre generosas doses de uísque, os amores de sua vida. O primo Miguel, sua paixão adolescente, morreu de overdose por volta dos vinte anos. Gregório, seu marido, virou um homem taciturno depois que foi torturado pela ditadura militar. Diogo, seu amante e último companheiro, trocou-a por moças mais jovens.
Alternando vozes e pontos de vista, passando do fluxo interno de consciência à narrativa em terceira pessoa, Lygia Fagundes Telles atesta aqui sua maestria literária e sua maturidade artística, pondo em cena grandes temas de nosso tempo - o movimento feminista, a cultura de massa, a aids, as drogas -, mediados pelos destinos individuais de um punhado de criaturas.
Publicado originalmente em 1989, As horas nuas tem sido aclamado desde então como um dos romances mais vigorosos e sutis da autora.