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/ À vistaEm outro livro de tirar o fôlego, um dos grandes nomes do jornalismo americano se volta a um julgamento aparentemente solucionado, mas que, sob seu olhar agudo e faro apurado, será posto em xeque.
Em outro livro de tirar o fôlego, um dos grandes nomes do jornalismo americano se volta a um julgamento aparentemente solucionado, mas que, sob seu olhar agudo e faro apurado, será posto em xeque.
Janet Malcolm, um dos maiores nomes do jornalismo americano, emprega todo seu talento já comprovado em livros como O jornalista e o assassino para adentrar outra grande história que merece ser contada. O caso parece ser muito simples: tudo leva a crer que a médica Mazoltuv Borukhova, judia ortodoxa da seita bucarana - uma mulher bonita, estranha e enigmática -, mandou matar o marido porque perdeu a guarda da filha na separação do casal, que vivia no Queens, em Nova York. É o que pensam a família da vítima, os jornalistas, a promotoria e a opinião pública. E até mesmo o juiz, que espera uma solução rápida da questão para passar as férias no Caribe.
Mas para o olhar agudo e perscrutador da autora, nada é muito claro, nem exatamente o que parece. Para ela, há um paradoxo: por tudo que sabemos, Borukhova não poderia ter cometido o crime e, no entanto, tudo leva a crer que o cometeu. Acompanhamos avidamente as etapas percorridas pela jornalista, que examina com minúcia o talento (e os ardis) dos advogados, o processo de seleção do júri, a disposição do juiz, a confiabilidade das testemunhas, a posição da imprensa.
Aos poucos, Malcolm desvela a complexidade dos fatos e das pessoas, aponta para fios que permanecem soltos, sugere motivações obscuras e põe em dúvida o sistema judiciário dos Estados Unidos. Como diz a autora: "Na disputa entre narrativas, quem vence é a história mais consistente, não a verdade". E a palavra final fica com o leitor perplexo.
A edição traz, ainda, uma longa entrevista com Malcolm.
"Anatomia de um julgamento é um livro curto, mas imenso se medido pelas implicações de suas frases. Quando terminamos a leitura, as certezas das provas legais e das decisões judiciais dão lugar a uma ambiguidade fundamental e perturbadora." - The New York Review of Books