A amizade e as relações humanas são os temas centrais desta adaptação de um trecho de Os pastores da noite. De um lado, um homem apaixonado que inventa um modo curioso de conquistar sua amada; do outro, uma forasteira em busca de um embrulho misterioso perdido em uma estação de trem.
A amizade e as relações humanas são os temas centrais desta adaptação de um trecho de Os pastores da noite. De um lado, um homem apaixonado que inventa um modo curioso de conquistar sua amada; do outro, uma forasteira em busca de um embrulho misterioso perdido em uma estação de trem.
Pé-de-Vento é apaixonado pela mulata Eró. Como não é dado a galanteios explícitos, decide presentear a amada com sua ratinha branca adestrada. Depois de muito treino, o bichinho responde aos sinais de comando virando de costas e fechando os olhos, à espera de afagos na barriga. Com esse feito extraordinário, o rapaz dá como certo que conquistará o amor de Eró.
Otália, recém-chegada à cidade, aparece no bar de Alonso apenas com a roupa do corpo. Pouco antes, na estação ferroviária, pedira a um homem bem-vestido que cuidasse de sua bagagem enquanto ia ao banheiro. Ao voltar, percebeu que foi roubada. Embora o sumiço da mala a preocupe, sua angústia está centrada em um embrulho de conteúdo misterioso que carregava na bagagem.
Os pastores da noite, de onde foram extraídas essas duas pequenas histórias, foi publicado em 1964 e conta as aventuras e desventuras de um grupo de amigos boêmios, à margem da sociedade, mas que entendem bem o significado da amizade e da alegria descompromissada do cotidiano. Com adaptação de Mariana Amado Costa e ilustrações de Marilda Castanha, A ratinha de Pé-de-vento e A bagagem de Otália conserva a atmosfera do romance do escritor baiano, reunindo ao mesmo tempo elementos da narrativa infantil, por tratar do sonho, da diversão e da fantasia.