A filha de um vidraceiro e um macaco conversam e brincam de se mirar em uma loja de espelhos. Fotomontagens ilustram o texto, que é uma grande e sensível metáfora das várias identidades (ou reflexos) que compõem cada um de nós.
A filha de um vidraceiro e um macaco conversam e brincam de se mirar em uma loja de espelhos. Fotomontagens ilustram o texto, que é uma grande e sensível metáfora das várias identidades (ou reflexos) que compõem cada um de nós.
Alguns de nossos grandes ilustradores têm se revelado escritores de mão-cheia. Não é de estranhar: quem conta histórias com o traço está igualmente sensibilizado com a narrativa através de palavras. Roger Mello é um grande exemplo. Indicado ao prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infantil, ele agora lança um de seus livros mais ousados e inventivos.
Em um diálogo que mais parece sonho, a filha de um vidraceiro conversa com um macaco que é quase o seu reflexo. Em poucas palavras, os dois falam sobre medo e coragem, e sobre os infinitos reflexos que nossa imagem pode gerar e sobre os outros tantos que podemos enxergar de nós mesmos e dos outros.