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A CAIXA-PRETA

Amós Oz

Apresentação

Romance epistolar em que Ilana, anos depois de um divórcio escandaloso, procura passar a limpo seu casamento com Alex Guideon, escritor mundialmente famoso. Por trás de paixões pessoais que beiram a loucura, desenha-se com precisão o complexo panorama social, religioso e político da vida em Israel.

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Ficha Técnica

Título original: Black box (pocket) Páginas: 272 Formato: 12.50 X 18.00 cm Peso: 0.231 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 02/07/2007
ISBN: 978-85-3591-067-4 Selo: Companhia de Bolso Ilustração:

SOBRE O LIVRO

Romance epistolar em que Ilana, anos depois de um divórcio escandaloso, procura passar a limpo seu casamento com Alex Guideon, escritor mundialmente famoso. Por trás de paixões pessoais que beiram a loucura, desenha-se com precisão o complexo panorama social, religioso e político da vida em Israel.

Que segredos pode conter a caixa preta de um avião que caiu? Revelações sobre as razões da queda, gritos de horror, pânico, tentativas desesperadas de salvação: vestígios da catástrofe. O romance do israelense Amós Oz tem tudo isso, mas a caixa preta a que se refere o título não pertence a um avião, e sim a uma relação amorosa desfeita. Anos depois do divórcio escandaloso, a esposa rejeitada Ilana emerge das cinzas do tempo, da distância e do rancor para passar a limpo seu casamento com Alex Guideon, professor e escritor mundialmente famoso. Com dinheiro, Alex tenta silenciar o passado que sangra. Mas as coisas mudaram. Entre ele e a ex-mulher, agora há também Boaz, filho dos dois, explodindo de juventude e violência, e Michel Sommo, o novo marido de Ilana, burocrata medíocre e fanático religioso. Todas essas vozes, com suas melodias diversas, matizadas às vezes pelos tons mais sombrios da sexualidade (ninfomania, sadomasoquismo, voyeurismo), são brilhantemente orquestradas pelo autor, que aqui se vale da clássica forma do romance epistolar. As várias primeiras pessoas revelam-se por si mesmas, em secos telegramas, bilhetes mal escritos ou longas cartas.Ao mesmo tempo, por trás de paixões pessoais tão intensas que beiram a loucura, desenha-se com precisão o complexo panorama social, religioso e político da vida em Israel nos últimos anos. Fortemente erótico, mas também engraçado e poético, A caixa preta só revela aos poucos sua sabedoria mais funda e amarga: somente a proximidade da morte e a consciência da finitude do corpo podem apaziguar as paixões. Aquilo que parecia apenas uma enlameada rede de intrigas, por meio da solidariedade que lentamente une essas personagens desgraçadas, reveste o livro de uma terrível dignidade. Além de ser inesquecível, este romance conquista algo raro - grandeza humana.