Nascida em Sacramento (MG), em 1914, a escritora - quando criança - era frequentemente apontada pelos familiares como inteligente e questionadora.
Mesmo tendo sua educação formal interrompida, Carolina fez da escrita uma forma de acolhimento e cura, compondo poemas, romances, peças teatrais e canções, entre outros gêneros.
Em cadernos que encontrava no lixo, reaproveitava ou adquiria com grande dificuldade, deixou uma extensa produção literária. Ganhou projeção nacional e internacional com o livro Quarto de despejo: Diário de uma favelada (1960), organizado pelo jornalista Audálio Dantas.
Em vida, publicou Casa de alvenaria (1961), Pedaços da fome (1963) e Provérbios (1963). Faleceu em 1977, aos 62 anos, em decorrência de uma crise de asma, deixando uma vasta obra composta pelos mais diversos gêneros literários, da qual muito ainda permanece inédito.
Com os registros de suas memórias por meio da escrita, Carolina encontrou uma forma de sair da invisibilidade social e deu sentido à sua própria história, galgando assim um lugar de destaque e essencial na literatura brasileira.