PNLD: "Quem matou o saci?" une suspense e aventura a um passeio pelo folclore

04/09/2018
Neste ano, o Governo Federal lançou o Programa Nacional do Livro e do Material Didático – PNLD 2018 Literário. Caracterizado com um edital “transitório”, o programa comprará livros de literatura para a Educação Infantil, Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, para todas as escolas das redes públicas, além de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas conveniadas com o poder público. O governo seleciona uma lista prévia de obras, e as envia com seu conteúdo completo, juntamente com material explicativo sobre cada uma delas, às escolas, que escolhem quais desejam adotar para as crianças e requisitam a sua entrega. É o caso deste Quem matou o saci?, de Alexandre de Castro Gomes e Cris Alhadeff, que assinam texto e ilustrações, respectivamente. Para crianças maiores - a partir de 8 anos -, a obra começa com um crime: o assassinato do Saci Perereira, velho conhecido do folclore brasileiro. [caption id="attachment_5098" align="aligncenter" width="450"] O Boto, personagem de "Quem matou o saci?" / Alexandre de Castro Gomes (texto) e Cris Alhadeff (ilustrações)[/caption] A partir disso, a detetive Billy Conrado e seu colega Joaquim de Jeremias, que narra a história, vão investigar quem é o culpado seguindo de uma curiosa lista de suspeitos: Caipora, Boto, Cabeça de Cuia, Pisadeira, Papa-Figo (ou Velho do Saco)... Personagens conhecidos - e nem tão conhecidos assim - do folclore são apresentados ao leitor por intermédio de sua "ficha criminal" e do interrogatório que a dupla de detetives faz com as criaturas ao longo do livro. Com muito humor e suspense, no melhor estilo livro policial, a narrativa vai dando pistas, costurando possibilidades e dando a conhecer personagens curiosos que teriam algum motivo para cometer um crime contra o pobre Saci Perereira. Aliás, o próprio Saci é apresentado por sua "ficha", desenhada com cores, fotos e formas irreverentes por Cris. As ilustrações, nesta obra, apresentam os suspeitos e "catalogam" suas, digamos, qualidades, imitando a estética de um processo criminal. Ao mesmo tempo em que apresenta o Saci e os suspeitos, o livro também mostra três formas diferentes e contar uma história: a narração de Jeremias, a narrativa dos interrogados e nas fichas de interrogatório. O livro é um divertido e instigante convite aos leitores para que descubram não apenas a identidade do verdadeiro culpado, mas, especialmente, a riqueza do nosso folclore, das nossas histórias, da nossa cultura.
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