Como você lê para seus filhos e suas crianças? Que tipo de leituras compartilham? Que emoção conecta vocês nessa hora, nesse momento?
Ler para uma criança é essencial não apenas para aumentar vocabulário e facilitar a aquisição da fala e da leitura, mas principalmente porque, quando lê, o adulto está presente, dedicado integralmente à criança e àquele momento de afeto.
Crianças e adultos compartilham emoções especiais, conectam-se.
Ler é estar presente; livro é presença. Neste segundo post da nossa série, Fabricio Remigio, 35, fotógrafo, pais de dois, conta poeticamente como são especiais os muitos momentos de leitura com seus pequenos.
Qualquer dia, hora e lugar
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"Os tesouros de Monifa" / Sonia Rosa (texto) e Rosinha (ilustrações)[/caption]
Como a gente fica bastante tempo juntos a gente lê o tempo inteiro.
Os livros de culinária estão cheios de migalhas e farinha, pois lemos quando vou fazer o jantar. Às vezes - nos infantis em especial -,
a gente troca umas migalhas no texto para evitar os estereótipos e preconceitos.
O que mais lembro da minha infância é dos meus pais contando histórias inventadas, mas, em especial minha mãe, que repetia com alterações as mesmas histórias. Também gosto de inventar, e eles pedem com frequência para que eu co nte histórias de quando eu era pequeno e histórias do sítio em que os avós moram.
No fundo a gente se ilumina como a boitatá: do brilho dos olhos das outras pessoas, então, como a gente lê bastante em casa é muito natural que eles [as crianças] gostem dos livros, de pesquisar no google, de ler manuais, de ler cartas de pokemon.
O que eu mais tenho gostado de ler inclusive são as cartas que Nina [a filha mais nova, de 3 anos] escreve praticamente todo dia na escola para mim, geralmente assinadas com um "F".
Fabricio Remigio, 35 anos, fotógrafo, pai de um menino de 5 e de uma menina de 3.