Stephen Michael King mostra papel das artes e da diferença em "Ana, Guto e o Gato Dançarino"

23/10/2018
Stephen Michael King é um dos mais premiados autores contemporâneos de literatura infantil. Escritor de livros como O Homem que Amava Caixas e coautor de outros como A Árvore Magnífica (junto com o também incrível Nick Bland), tem em seus traços e na simplicidade com que aborda temas complexos suas principais características. [caption id="attachment_5331" align="aligncenter" width="415"] "Ana, Guto e o Gato Dançarino" / Stephen Michael King (texto e ilustrações)[/caption] Ele estará no Brasil entre os dias 7 e 11 de novembro, a convite da Brinque-Book, e participa da Feira do Livro de Porto Alegre e de dois encontros em livrarias em São Paulo. Além de uma entrevista exclusiva e da cobertura da agenda de Stephen no Brasil, vamos publicar as resenhas de todos os 15 livros do autor já publicados pela Brinque por aqui. Estreamos com Vira-Lata e, hoje, é a vez de Ana, Guto e o Gato Dançarino. Ana era muito criativa: pegava qualquer coisa jogada fora, feia e sem graça, e transformava em puras beleza e alegria. Ana era colorida. Mas os habitantes da cidade, ao contrário, só ligavam para o que era comum, prático, útil e não tinham tempo para as invenções cheias de cores de Ana. Então, ela só conseguia criar mesmo os calçados úteis, práticos, comuns, que vendia aos moradores do lugar.  

Noite após noite, Ana sonhava que tinha coragem suficiente para mostrar a todos o que realmente sabia fazer. Mas seus dias eram sempre iguais.

  Até que um dia chegaram a cidade dois menestréis vindos de um lugar muito distante. Eram Guto e o Gato Dançarino. Ana lhes fez uma bota, que foi paga em aulas de dança. E essa troca mudou para sempre a vida de todos.  

Ana adorou seus novos amigos e todas as esquisitices deles. Ela queria oferecer-lhes mais do que simples botinas sem graça.

  Dançar fazia Ana sentir-se livre e corajosa. Foi a força que faltava para que ela ganhasse a coragem necessária para assumir o que realmente amava fazer, mesmo que a cidade não compreendesse sua arte. Como a cidade reagiria a Ana e suas criações coloridas? Com o mesmo traço leve, as cores vibrantes e a narrativa poética que caracterizam as obras de King, esse livro trata das diferenças, da imensa contribuição das singularidades e do papel revigorante e profundo da arte e da criação artística nas nossas vidas.    
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