"Literatura é uma necessidade universal experimentada em todas as sociedades"_
Antonio Candido, sociólogo e crítico de literatura, para quem os livros são um direito humano, em entrevista ao CEDAC, exibida pelo Itaú Cultural em virtude da Ocupação Antonio Candido, de 2016.
Não é à toa que a Constituição Federal de 1988 proíbe que se criem impostos sobre os livros, os jornais, os periódicos e o papel usado na impressão desse tipo de produto. Essa imunidade tem como objetivo, claro, baratear o acesso à cultura e garantir a circulação de ideias, informações, arte e pensamento. Em 2004, uma lei federal isentou o livro de contribuições (que são diferentes de impostos) e é essa isenção que está sob risco com a nova Reforma Tributária, que pode criar uma contribuição com alíquota de 12% e elevar o preço desse tipo de produto para o consumidor.Por ser um direito, o acesso precisa ser de todos e de todas. Ou seja, os livros e as histórias têm de estar em todas as casas que quiserem abrir suas portas para eles. E são muitas. "Cresci numa casa repleta de livros. Não tínhamos muito dinheiro, mas sempre tivemos muitos livros. Quando meu irmão e eu nascemos, meu pai não quis que perdêssemos a beleza dos livros. Ele lia para a gente todas as noites, às vezes inventando histórias, às vezes relendo nossas obras preferidas de novo e de novo e de novo"
Stephen Michael King, autor e ilustrador de O Homem que Amava Caixas, em entrevista ao Blog da Brinque
Segundo dados da Flupp, a Festa Literária das Periferias, 97% do público do evento declara ser leitor assíduo de livros -- e 68% dos quais se diz integrante das classes C, D e E. Esses dados foram citados por Luiz Schwarcz, editor e presidente da Companhia das Letras, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo.
"Nunca, em tantos deslocamentos e em momentos difíceis, vivi em uma casa sem livros. E transmiti a minhas filhas o conceito de que os únicos elementos indispensáveis numa casa são o colchão, o fogão e uma estante"_
Marina Colasanti, escritora ganhadora de 7 Prêmios Jabuti, autora de Tudo tem princípio e fim, em entrevista ao Blog da Brinque
Nos unimos em #defesadolivro, neste manifesto, pelos direitos dos leitores, pequenos e grandes, de viverem aventuras e afetos, com carinho, palavra e imaginação. De novo. E de novo. E de novo.
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