7 livros para acabar com o "foi ele que começou!"

03/09/2020

Irmãos precisam aprender a dividir brinquedos, roupas, quarto, casa, computador - sem falar na atenção e no colo da mãe, do pai, dos avós. As crianças, em geral, querem o mundo para elas agora, neste momento - como assim ter de abrir e ceder espaço para conviver sob o mesmo teto com essa outra pessoa tão visceralmente próxima e tão... outra? É, a paz e a tranquilidade nas famílias com mais de uma criança pode parecer mesmo uma miragem. E, depois de seis meses de uma quarentena infinita e uma convivência ainda mais intensa, estamos como?

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Bom, não dá para dividir tudo igualmente entre irmãs e irmãos, mas, felizmente, compartilhar o carinho de uma boa história dá. Depois de uma leitura em voz alta em família, eles podem se sentir mais conectados e pertencentes a uma realidade mais ampla que a das picuinhas cotidianas. Pode render assunto, conversa, reflexão, brincadeiras - quem sabe até aquela miragem de paz e harmonia não acontece de verdade? Mesmo que seja por pouco tempo!

Então, vamos aos livros para acabar logo com qualquer briga - não queremos nem saber quem foi que começou!

 

1) Meu pum e a Meleca do meu irmão, Blandina Franco e José Carlos Lollo

Um solta o Pum, o outro tem uma Meleca… a confusão entre esses dois irmãos e seus bichos de estimação queridos é garantida. Na quinta aventura da saga de trocadilhos mais engraçada da literatura infantil brasileira, uma hamster batizada de Meleca se junta ao Pum e causa um monte: suja as roupas limpas do varal, voa no cabelo da visita...é cada lugar em que a Meleca vai parar!

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2) Nós agora somos quatro, Lilli L'Arronge

Um irmão grande, outro pequenininho. A família aumenta com a chegada de um bebê, assim como a alegria, o amor, a bagunça e o cansaço.


 

3) Tudo muda, Anthony Browne

O pai de Gregório o avisa que tudo vai mudar. Sem saber exatamente o quê, o menino começa a perceber mudanças fantásticas nas coisas mais cotidianas. As ilustrações de Browne compõem uma perspectiva fabulosa para o olhar de expectativa da criança com a chegada da nova integrante da família.


 

4) O túnel, Anthony Browne

Os dois irmãos desta história são muito diferentes e brigam o tempo inteiro: ela é do tipo que gosta de ficar em casa lendo, enquanto ele prefere bagunçar lá fora. Um dia, a mãe manda os dois brincarem juntos fora de casa e eles encontram um túnel, que o menino não exita em adentrar. Como ele começa a demorar, Rosa vai atrás - e a relação entre eles se transforma. Outro livro ilustrado de Anthony Browne para ler várias vezes e encontrar os elementos ambíguos ocultos e as referências nas ilustrações, como numa brincadeira.


 

5) Mabel Jones e a Cidade Proibida, Will Mabbit e Ross Collins

A segunda improvável aventura da habilidosa pirata Mabel Jones começa quando sua irmãzinha bebê - um tanto inconveniente e irritante, mas, ainda assim, sua irmã - é raptada por trepadeiras malignas. Paramentada com seu pijama e sua pantufa de coelho, ela parte na companhia de uma tripulação muito mal preparada em busca de Maggie Jones. O narrador enxerido e dramático também está presente, assim como efeitos gráficos engraçadíssimos que dão o tom cômico deste livro para ler em capítulos e dar muita risada.


 

6) As gêmeas de Moscou, Luís Fernando Veríssimo e Rogério Coelho

As gêmeas Olga e Tatiana são idênticas em tudo, fora que Olga é uma bailarina talentosíssima e Tatiana é sua grande fã e apoiadora. Mas não é bem assim que Olga vê a irmã. Depois de uma apresentação importante frustrada, a gêmea bailarina foge da cidade e do país com uma família cigana. Anos depois, quando a saudade aperta, ela volta e descobre a verdade sobre aquela noite inesquecível.


 

7) Joana e Lia, Sandra Desmazières e Sandrine Bonini

Elas são irmãs e poderiam passar por gêmeas, de tanto que se parecem, convivem e compartilham tudo, das roupas ao corte de cabelo. Mas Joana muda de escola e, com isso, os amigos, os gostos - a vida. Como fazer para se “desgrudar” e ter uma história própria, sem perder a parceria e a cumplicidade?

 

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