Nasceu em 1871 em Newark, Nova Jersey. Caçula de uma família de catorze filhos, seu pai era um importante pastor metodista; e sua mãe, filha de bispo metodista, uma destacada militante da igreja. Depois de frequentar brevemente o Lafayette College e a Syracuse University, Crane passou a trabalhar na agência de notícias do irmão, em Nova Jersey, e, ao mesmo tempo que atuava como jornalista freelance, ingressou na boêmia da baixa Manhattan. Seu primeiro romance, Maggie: A Girl of the Streets [Maggie: uma garota das ruas] (1893), não teve sucesso comercial, mas foi recebido com entusiasmo por Hamlin Garland e William Dean Howells, que estimularam sua carreira literária. Com o romance seguinte, O emblema vermelho da coragem (1895), ele conheceu instantaneamente a fama internacional. Jornalista, fez reportagens no Oeste americano, no México, na Grécia e em Cuba, assim como em Nova York, tendo transformado várias de suas experiências em ficção. Os contos que escreveu depois da composição de O emblema vermelho da coragem figuram entre as melhores narrativas breves da literatura americana. Em 1899, fixou-se na Inglaterra com a companheira Cora. O ritmo de trabalho implacável que adotou para pagar dívidas agravou sua tuberculose. Crane morreu em um sanatório alemão em junho de 1900.