Qual era o gosto de uma refeição, de um vinho, no século III antes ou depois de Cristo? Mais do que a história dos produtos alimentares, trata-se aqui da história do gosto.
Qual era o gosto de uma refeição, de um vinho, no século III antes ou depois de Cristo? Mais do que a história dos produtos alimentares, trata-se aqui da história do gosto.
Que gosto tinha o vinho servido no Banquete de Platão? O que comeram os Medici de Florença quando visitaram Roma em 1513? Por que comparam o cozinheiro Antonin Carème, o maior do século passado, ao pintor Rafael? O que uma refeição reflete da história de uma civilização?Para se aproximar dos sabores e dos hábitos alimentares da Grécia Antiga, dos banquetes medievais ou da casa de um camponês espanhol no início deste século, o jornalista e crítico francês Jean-François Revel consulta todos os gourmets da história, de Apicius a Paul Bocuse. Mas não só eles. Para Revel, as grandes fontes da história da sensibilidade gastronômica são a literatura e a arte. Assim, imaginamos o aroma de um vinho ou a maneira de servir um prato numa determinada época com a ajuda de Baudelaire, Cervantes, Boccacio, Aristófanes, Michelangelo - e descobrimos que o prazer à mesa sempre foi fundamental.