Longe de endossar ou inverter estereótipos, este estudo oferece um exame ponderado da vida pública de d. João VI, tentando compreender seus atos no interior do quadro político europeu mais amplo, entre 1792, quando passa a dirigir informalmente o reino de Portugal, e 1826, ano de sua morte.
Longe de endossar ou inverter estereótipos, este estudo oferece um exame ponderado da vida pública de d. João VI, tentando compreender seus atos no interior do quadro político europeu mais amplo, entre 1792, quando passa a dirigir informalmente o reino de Portugal, e 1826, ano de sua morte.
O percurso de d. João VI fornece o fio condutor desta história, mas este livro é muito mais do que uma biografia do monarca português. A figura do rei - sobre a qual circulam uma série de imagens estereotipadas - adquire espessura em função da análise do seu lugar (e do lugar de Portugal) no xadrez político e econômico internacional. Trata-se de combinar, com o apoio de ampla documentação, o exame dos grandes panoramas diplomáticos com o das políticas comezinhas, que articulam vida familiar e atuação política, acordos públicos e intrigas privadas.
Os nove capítulos acompanham o percurso atribulado de d. João, que assume o poder numa Europa modificada pela Revolução Francesa. O posicionamento hesitante da monarquia portuguesa entre França e Inglaterra, somado às divisões internas de grupos sociais e facções políticas dentro do país e aos problemas (pessoais e políticos) provocados por sua esposa Carlota Joaquina conferem tensão ao itinerário do monarca, numa narrativa rica em informações, capaz de interessar o especialista e o público mais amplo.