Entremeando as narrativas dos sobreviventes com o relato objetivo do autor, A sociedade da neve traz a verdadeira história de como dezesseis jovens conseguiram sobreviver durante 72 dias num dos ambientes mais inóspitos do planeta depois da queda do avião em que viajavam.
Entremeando as narrativas dos sobreviventes com o relato objetivo do autor, A sociedade da neve traz a verdadeira história de como dezesseis jovens conseguiram sobreviver durante 72 dias num dos ambientes mais inóspitos do planeta depois da queda do avião em que viajavam.
Em outubro de 1972, um avião fretado da Força Aérea do Uruguai que rumava para o Chile se choca contra uma montanha nos Andes. Das 45 pessoas a bordo - a maioria fazia parte de um time de rúgbi amador -, 29 sobrevivem ao impacto, mas apenas dezesseis serão resgatadas, depois de improváveis 72 dias.
Durante esse longuíssimo período, os sobreviventes ficam cercados por rocha e gelo, sem roupas apropriadas, sob temperaturas de até trinta graus negativos, abrigados no que restara da fuselagem depois da colisão. Famintos, lançam mão de um recurso extremo: alimentar-se dos corpos dos amigos mortos.
Dez dias depois do acidente, a primeira notícia que ouvem do mundo exterior por um radinho recém-consertado é que as buscas pelo avião foram abandonadas. Como se não bastasse, uma avalanche soterra a fuselagem partida. Os que conseguem sobreviver ficam enterrados vivos durante três dias. Sem outra alternativa, decidem sair de lá por si mesmos. Mas para isso será preciso escalar o paredão de gelo que os separa de um horizonte desconhecido - que pode ser a salvação ou a desesperança final.