Home | Livros | Claro Enigma | NEM PRETO NEM BRANCO MUITO PELO CONTRÁRIO
CLIQUE PARA AMPLIAR
Ler um trecho

NEM PRETO NEM BRANCO MUITO PELO CONTRÁRIO

Lilia Moritz Schwarcz

R$ 59,90

/ À vista

Apresentação

Um racismo muito particular marca o Brasil: negado publicamente, praticado na intimidade. Das origens coloniais do país aos dias de hoje, este ensaio nos mostra que, por trás do mito da convivência pacífica e da exaltação da miscigenação, na prática, a velha máxima do "quanto mais branco melhor" nunca foi totalmente deixada de lado.

Frequentemente comprados juntos

Claro Enigma

Nem preto nem branco muito pelo contrário

Lilia Moritz Schwarcz

R$ 59,90

Companhia das Letras

Sobre o autoritarismo brasileiro

Lilia Moritz Schwarcz

R$ 63,92

Companhia das Letras

O espetáculo das raças

Lilia Moritz Schwarcz

R$ 89,90

Preço total de

R$ 213,72

Adicionar ao carrinho
O espetáculo das raças

Companhia das Letras

O espetáculo das raças

Lilia Moritz Schwarcz

R$ 89,90

Sobre o autoritarismo brasileiro

Companhia das Letras

Sobre o autoritarismo brasileiro

Lilia Moritz Schwarcz

R$ 63,92

Dicionário da escravidão e liberdade

Companhia das Letras

Dicionário da escravidão e liberdade

Lilia Moritz Schwarcz Flávio dos Santos Gomes

R$ 99,90

Lima Barreto - Triste visionário

Companhia das Letras

Lima Barreto - Triste visionário

Lilia Moritz Schwarcz

R$ 129,90

Mocambos e quilombos

Claro Enigma

Mocambos e quilombos

Flávio dos Santos Gomes

R$ 69,90

As barbas do Imperador

Companhia das Letras

As barbas do Imperador

Lilia Moritz Schwarcz

R$ 129,90

Cidadania: um projeto em construção

Claro Enigma

Cidadania: um projeto em construção

André Botelho Lilia Moritz Schwarcz

R$ 59,90

O pacto da branquitude

Companhia das Letras

O pacto da branquitude

Cida Bento

R$ 39,92

Por um feminismo afro-latino-americano

Zahar

Por um feminismo afro-latino-americano

Lélia Gonzalez

R$ 63,92

Pequeno manual antirracista

Companhia das Letras

Pequeno manual antirracista

Djamila Ribeiro

R$ 39,92

Ficha Técnica

Título original: Nem preto nem branco, muito pelo contrário Páginas: 152 Formato: 13.50 X 21.00 cm Peso: 0.197 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 16/01/2013
ISBN: 978-85-8166-023-3 Selo: Claro Enigma Ilustração:

SOBRE O LIVRO

Um racismo muito particular marca o Brasil: negado publicamente, praticado na intimidade. Das origens coloniais do país aos dias de hoje, este ensaio nos mostra que, por trás do mito da convivência pacífica e da exaltação da miscigenação, na prática, a velha máxima do "quanto mais branco melhor" nunca foi totalmente deixada de lado.

No Brasil, a questão do preconceito racial é tão complexa que parece desafiar a própria objetividade dos números. Em uma pesquisa realizada em 1988, 97% dos entrevistados afirmaram não serem racistas, mas 98% deles declararam conhecer alguém que fosse. E nem mesmo as análises mais biológicas, que apostam num DNA fixo para a nossa pele parecem resistir à ambiguidade das relações sociais brasileiras, já que, como se diz popularmente, "preto rico no Brasil é branco, assim como branco pobre é preto". Nesse contexto, a determinação da própria cor se torna critério tão subjetivo que em questionário recente do IBGE, pautado na autoavaliação, foram detectadas mais de uma centena de colorações diferentes de pele.
Em Nem preto nem branco, muito pelo contrário, a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz revela um país marcado por um tipo de racismo muito peculiar - negado publicamente, praticado na intimidade. Para isso, volta às origens de um Brasil recém-descoberto e apresenta ao leitor os primeiros relatos dos viajantes e as principais teorias a respeito dos "bárbaros gentis", desse povo "sem F, sem L e sem R: sem fé, sem lei, sem rei", teorias estas fundamentais para o leitor moderno entender a complexidade de uma nação miscigenada e com tantas nuances.
Passando pelos modelos deterministas raciais de finais do XIX, pelas teorias de branqueamento do início do século XX, depois pelas ideias da mestiçagem dos anos 1930, ou de estudos que datam da década de 1950, que queriam usar o "caso brasileiro" como propaganda, pois acreditava-se que o Brasil seria um exemplo de democracia racial, a autora nos mostra que, por trás do mito da convivência pacífica e da exaltação da miscigenação como fator determinante para a construção da identidade nacional, na prática, a velha máxima do "quanto mais branco melhor" nunca foi totalmente deixada de lado.
Se por um lado a autora traça um panorama histórico, por outro joga luz sobre as sutilezas perversas do cotidiano. Seja na literatura, como no conto de fadas "A princesa negrina", em que os pais desejam ver a sua filha negra transformada em garota branca, seja na boneca loira como modelo de beleza, é também nos detalhes que a ideia de uma nação destituída de preconceitos raciais cai por terra. Com um texto engenhoso e claro, este ensaio, mais do que propor análises conclusivas, convida o leitor para uma grande reflexão sobre a questão racial no país.

Sobre o autor