As histórias sexuais de uma profissional do amor são o fio condutor de uma jornada cômica, sensual e carnal pelo erotismo e pela literatura.
As histórias sexuais de uma profissional do amor são o fio condutor de uma jornada cômica, sensual e carnal pelo erotismo e pela literatura.
Neste livro inteiramente escrito na língua das bichas, uma travesti reencontra um antigo amor, anos mais jovem, que está começando a trabalhar nas ruas. Enquanto entrelaça conselhos e lembranças, ela rememora suas aventuras como prostituta no Brasil e na Europa; fala sobre o que descobriu e conheceu sendo puta; recorda o que desejava ser e sonha com o que poderia ter sido.
Na época em que namoravam, a jovem debutante estudava Letras, o que motiva a protagonista a falar de literatura como parte de sua história juntas. Numa prosa vulcânica, passa em revista obras e autores centrais do cânone, aplicando também sua memória e sua inventividade para ver a literatura com olhos de quem aprendeu tudo na rua, como se aprende o bajubá.
Publicado pela primeira vez na antologia A resistência dos vaga-lumes (2019), o icônico monólogo é agora reeditado em versão expandida. Romance de estreia de Amara Moira, Neca é hilário, escatológico e único em sua sofisticação literária -- uma obra valiosa na forma e no conteúdo, atrevida o bastante para abarcar com eloquência a profusão da realidade.
"Neca é um livro travesti, talvez o primeiro do tipo: totalmente escrito em pajubá. Um texto sinestésico: tem voz e cheiro. É babado, mona!" -- Helena Vieira
"Triunfante batismo do pajubá (bajubá? jenessepá!) como linguagem literária de invenção, subversão e diversão." -- Caetano W. Galindo