Todas as manhãs as pessoas se defrontam, diante do espelho, com duas imagens: a que de fato está refletida; e a que é apenas sentida. A fusão das duas define o eu de cada um. Essa é a ideia desenvolvida por J.-D. Nasio, que utiliza relatos de casos, entrevistas, quadros comparativos e figuras para tratar do tema. É justamente a imagem mental que cada um tem de si o que mais interessa aos psicanalistas. O corpo se tornou a via régia para o inconsciente - mais até que o sonho, segundo o autor.
No livro, Nasio interpreta ainda o pensamento dos psicanalistas franceses Françoise Dolto e Jacques Lacan.