Todo mundo que já vivenciou a paixão sabe o quanto esse sentimento parece incontrolável e desmedido. Na psicanálise não é diferente. Longe de tentar disciplinar o destempero da emoção, e sem tampouco resignar-se a ela, a clínica analítica joga o jogo da paixão até chegar a outro destino. O psicanalista Marcus André Vieira percorre esse caminho seguindo os passos de Freud e Lacan.
A paixão não busca chegar a nenhuma sabedoria ou receita para lidar com as paixões, mas inaugurar a possibilidade de uma
responsabilidade nova: a de aceitar e compreender que a vida será sempre habitada por um excesso que surpreende, provoca riso ou escândalo.