Raineke Raposo é mentiroso, falso, hipócrita, matreiro, ladrão e zombeteiro. Sua inteligência está sempre ocupada em causar danos aos outros. Mesmo assim consegue exercer um encanto sobre a imaginação de adultos e crianças, a ponto de nos fazer torcer por ele.
Raineke Raposo é mentiroso, falso, hipócrita, matreiro, ladrão e zombeteiro. Sua inteligência está sempre ocupada em causar danos aos outros. Mesmo assim consegue exercer um encanto sobre a imaginação de adultos e crianças, a ponto de nos fazer torcer por ele.
Essa história foi publicada por Goethe (1749-1832) em 1794. Era a sua versão de um ciclo de poemas medievais surgido nos séculos XII e XIII, tendo como inspiração as fábulas de Esopo. Seu personagem principal, Raineke Raposo, está sempre ocupado em prejudicar os outros: é matreiro, hipócrita e mesmo criminoso. Sendo assim, como pode ser cativante? Segundo Tatiana Belinky, que apresenta aqui uma adaptação em prosa, na versão de Goethe é o lado cômico das situações que sobressai. Raineke não é flor que se cheire, mas os personagens que ele enfrenta - como o lobo, o gato e o urso, representantes de defeitos e virtudes humanos - também não são, e é em parte por isso que a história nos faz achar muita graça das tolices que os bichos podem cometer.