
Literatura e mulher: essa palavra de luxo
Leia um trecho de "Crítica e tradução", de Ana Cristina Cesar.
Em 2024, a Companhia das Letras celebra o Mês da Mulher destacando autoras de nosso catálogo e suas obras. São títulos que dialogam com a história de luta, conquistas e desafios das mulheres, além de celebrarem a diversidade.
Abaixo, você confere cinco autoras essenciais e suas obras para conhecer neste ano:
Nasceu no interior de Goiás, em 1991. Jornalista pela UnB, é autora da novela seriada Pequenas esposas, e de dois romances publicados pela Editora Alfaguara:
Duas narrativas se entrelaçam para compor um retrato do interior do Brasil e pensar até onde é possível esconder um segredo de família. Livro finalista do prêmio Candango.
Em seu segundo romance, a autora explora os limites da maternidade, da escolha feminina e da expectativa social.
Nasceu em 1976, em Seul. Leciona literatura e língua russa e estudos de ficção científica na Universidade Yonsei e traduz obras literárias modernas do russo e do polonês para o coreano. Coelho maldito é sua primeira obra publicada no Brasil.
Os contos presentes neste livro finalista do International Booker Prize transitam entre realismo mágico, folclore, horror, ficção científica e fantasia, partindo de elementos insólitos para narrar histórias assombrosas que tocam em temas profundamente reais. A coletânea é a primeira obra de Bora Chung, uma das mais notáveis escritoras sul-coreanas da atualidade, publicada fora da Coreia.
Tradução de Hyo Jeong Sung.
Premiada escritora anglo-nigeriana, é professora de escrita criativa na Universidade de Brunel, em Londres, e vice-presidente da Royal Society of Literature. Pela Companhia, publicou três livros:
Em um ambiente opressor, as vozes de Garota, mulher, outras formam um coro e levantam reflexões poderosas sobre o machismo, o racismo e a estrutura da sociedade. Vencedor do Booker Prize em 2019.
Um relato franco e comovente sobre a própria trajetória e a importância da persistência.
Um livro inventivo, sofisticado e bem-humorado sobre identidades paralelas, estigmas sociais e o medo de encarar a verdade. Aos 74 anos, Barry finalmente decide divorciar-se de Carmel para viver com seu verdadeiro grande amor -- mas isso significa colocar em risco tudo o que conquistou.
Nasceu em 1982 na Bahia. Doutora em Letras, é autora do livro de poemas Macala, da peça Joanna Mina e de novelas escritas com a assinatura Ruth Ducaso. Pela Alfaguara, publicou Mata Doce.
No primeiro romance que assina com o próprio nome, Luciany Aparecida narra, com uma prosa lírica e de força singular, os trágicos acontecimentos que cercam um pequeno vilarejo rural no interior da Bahia. Mata Doce é um romance épico, delicado e poderoso, que entrelaça passado e presente em uma obra majestosa, e desde já um marco da literatura brasileira contemporânea.
Nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1975. Jornalista e doutora em estudos de literatura, é professora e coordenadora da especialização em escrita da Universidade de Fortaleza (Unifor). É autora de mais de vinte livros, dentre eles:
Desenvolvido na oficina de Gabriel García Márquez, o romance de Socorro Acioli conta a história de um jovem que descobre possuir o fantástico dom de ouvir as preces das mulheres para santo Antônio.
Primeiro romance de Socorro Acioli após A cabeça do santo, Oração para desaparecer conta a história de uma mulher que, sem lembrança nenhuma de seu passado, precisa reconstruir a vida em um lugar completamente desconhecido, apenas com a língua portuguesa como porto seguro.
Primeiro volume da série Anabela em Quatro Atos, em que cada livro se passa num grande teatro brasileiro diferente. Na história, Anabela terá que descobrir o mistério por trás da bailarina translúcida que vaga pelo Theatro José de Alencar, em Fortaleza.
Leia um trecho de "Crítica e tradução", de Ana Cristina Cesar.
Se faltam na sua estante obras sobre mulheres falando sobre outras mulheres, aqui vai uma lista de 10 livros.
"Extraordinárias" será lançado pela Editora Seguinte em outubro.