© Manny Jefferson

As leitoras e os leitores brasileiros já têm data marcada para reencontrar Chimamanda Ngozi Adichie: três anos depois de sua última visita ao país, a escritora nigeriana estará de volta em junho de 2025. Na viagem, a autora fará eventos em São Paulo, onde participa do Fronteiras do Pensamento no dia 16/03, e no Rio de Janeiro, na abertura da Bienal do Livro Rio, em 13/06. 

Os eventos marcam o lançamento de A contagem dos sonhos, primeiro romance de Chimamanda após mais de uma década. Mais informações detalhes sobre os eventos serão divulgados em breve — acompanhe as novidades nas redes sociais da Companhia das Letras.

O livro

A contagem dos sonhos é seu retorno à narrativa longa, depois do estrondoso sucesso do best-seller mundial Americanah. Agora, Chimamanda Ngozi Adichie volta seu olhar arguto para quatro mulheres: uma escritora de livros de viagem relembrando seu passado; uma advogada que foi bem-sucedida em tudo, até ter o coração partido; uma gênia das finanças na Nigéria que começa a questionar o quanto se conhece de verdade; e uma empregada, criando com orgulho a filha nos Estados Unidos. Quatro personagens de classes, vozes, origens e personalidades distintas, mas cujos desejos, traumas e anseios estão profundamente interligados.

Depois de Notas sobre o luto, escrito para o falecido pai, Chimamanda se debruça sobre a história dessas personagens — sendo uma delas inspirada numa história real — para tratar sobre a perda da mãe. Assim, cria um romance atual e envolvente, que aborda as paixões e agruras da mulher, ao passo que pincela o poder da amizade e da maternidade.

A contagem dos sonhos é uma reflexão incisiva sobre as escolhas que fazemos e aquelas feitas por nós, sobre filhas e mães, sobre nosso mundo interconectado. Um romance que pulsa com urgência emocional e observações pungentes e inflexíveis sobre o coração humano, em uma linguagem que se eleva com beleza e poder.

Para onde vão todos os anos se não aproveitarmos a vida ao máximo? Como a fusão de duas almas pode ser moldada pelo tempo? O que acontece quando alguém se parte? Quão honestas devemos ser com nós mesmas para amar e ser amadas? Ao tentar responder essas perguntas, Chimamanda Ngozi Adichie discute a própria natureza do amor.

“Sempre desejei que outro ser humano me conhecesse de verdade. Às vezes, passamos anos convivendo com anseios que não conseguimos nomear. Até que uma fenda surge no céu, se alarga e nos revela para nós mesmos.” — Chimamanda Ngozi Adichie

Por que ler Chimamanda?

1. PARA PENSAR O FEMINISMO
Em sua obra, Chimamanda parte de seu lugar de mulher e nigeriana para mostrar que muito ainda precisa ser feito até que alcancemos a igualdade de gênero, apresentando em seus livros dilemas e conflitos sobre a identidade feminina e sobre a masculinidade tóxica.

2. PARA REFLETIR SOBRE A SOLIDÃO CONTEMPORÂNEA

Conscientes de seus sofrimentos, as personagens de Chimamanda se debruçam sobre a solidão e a raiva inerentes ao luto. A autora também sabe falar sobre a imensurável dor da perda e as lembranças e resiliência trazidas por ela.

3. PARA QUESTIONAR A HISTÓRIA

Nosso conhecimento é construído pelas histórias que escutamos, e quanto maior for o número de narrativas diversas, mais completa será nossa compreensão sobre determinado assunto. Chimamanda propõe com seus romances essa ideia de diversificarmos as fontes do conhecimento e sermos cautelosos ao ouvir somente uma versão da história.

4. PARA DESCOBRIR O QUE É O AMOR

A obra de Chimamanda reflete incisivamente sobre as escolhas que fazemos na direção do amor: a verdadeira felicidade é de fato alcançável, ou é apenas um estado passageiro? Com destaque para seu novo romance, A contagem dos sonhos, a literatura da autora pulsa com urgência emocional e observações pungentes e inflexíveis sobre o coração humano.