Cinco ideias de clássicos revisitados para comemorar o Dia Internacional do Livro Infantil

02/04/2019

Hoje, 2 de abril, é Dia Internacional do Livro Infantil. Não por mera coincidência, é também o dia do nascimento de Hans Christian Andersen, um dos maiores escritores para esse público de todos os tempos. É dele, por exemplo, a versão mais conhecida de clássicos como O patinho feioA pequena sereia.

Os clássicos são livros que não envelhecem. A gente lê, lê, lê e eles continuam importantes e atuais, suscitando adaptações -- inclusive para outras linguagens, como cinema e música. De quantos desenhos -- assim, de cabeça -- você lembra que sejam adaptações clássicas? Tem até balé da Bela Adormecida, por exemplo, escrito ainda no século XIX pelo Tchaikovisky.

Para comemorar o Dia Internacional do Livro Infantil e os clássicos que amamos, que são presença garantida em tantas horinhas de prazer e aconchego com os pequenos, selecionamos aqui cinco livros adaptados dos clássicos para ler para os pequenos. Com o Andersen, os Grimm, o Esopo logo ali do lado. ;-)

1) A princesa e o gigante, de Caryl Hart (texto) e Sarah Warburton: lançamento, essa é uma obra engraçada, cheia de rima, humor e cores. Combina bem com a data, porque é uma homenagem maravilhosa aos clássicos infantis e ao poder da literatura -- e das artes -- de ampliar o que conhecemos e sentimos. Uma homenagem também à infância. Aqui tem uma resenha bem caprichada.

2) Última história antes de dormir, de Nicola O'Bryen: depois de um dia incrível, é preciso um desfecho à altura. A última história antes de dormir é a mais importante. Nesta aventura bem-humorada, o pequeno leitor acompanha personagens conhecidos disputando quem vai ser a última história do dia. Os Três Porquinhos, Cinderela, Chapeuzinho e o Lobo Mau ora interrompem as histórias uns dos outros ora organizam-se para viver, juntos, narrativas de aventura, amor, perigo e humor inventadas por eles mesmos. Tudo isso ganhando vida no traço delicado e nas cores vibrantes de Nicola O’Byrne, de Use a imaginação, obra em que a autora já brincava com personagens clássicos, subvertendo e reafirmando seus papéis no imaginário infantil. Ganhador do selo Cátedra 10 de qualidade literária.

3) Chapeuzinho e o leão faminto, de Alex T. Smith: certa manhã, tia Rosa acordou com o corpo cheio de pintas! Nesse caso, o que fazer? Ligar para a Chapeuzinho! Ao saber da situação, a menina se despediu do pai e correu para levar para a tia, em sua cesta, tudo o que ela precisava para se curar. Mas, no caminho, encontrou um leão faminto, que bolou um plano para devorá-la. Ele chegou primeiro à casa da tia, escondeu-a no armário, disfarçou-se e ficou lá, esperando. Será que seu plano vai dar certo ou será que a Chapeuzinho vai pregar uma peça no leão? Nesse premiado reconto contemporâneo, uma menina cheia de vida mostra o valor do diálogo e da amizade.

4) O lobo sentimental, de Geoffroy de Pennart: do premiado autor de outras releituras -- como O lobo voltou --, este livro conta a história de Lucas, um lobo que decide sair de casa para morar sozinho. Entre as recomendações dos pais, estão a lista de todos os personagens que o lobo pode comer. Perfeito, não fosse um detalhe: o jovem lobinho é empático com aqueles que deveriam ser suas presas, causando a maior confusão. Ou não.

5) Esopo: liberdade para as fábulas, de Luiz Antonio Aguiar (texto) e Marcia Széliga (imagens): histórias como a da raposa e das uvas, da lebre e da tartaruga ou da cigarra e da formiga são conhecidas por quase todos, mas muito pouco se sabe sobre seu criador. Neste livro, de forma intrigante e original, o autor Luiz Antonio Aguiar procura jogar luz sobre a enigmática vida de Esopo, a respeito da qual pouquíssimo se sabe. Intercalando e criando paralelos entre algumas das mais conhecidas fábulas do narrador grego com a história de sua vida, o autor cria um livro que interessará tanto aqueles familiarizados com as fábulas de Esopo quanto os que entram em contato com sua obra pela primeira vez. Ganhador do Prêmio ALEILIJ.  

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