Que autoras você tem lido por aí? Quais mulheres estão na estante de livros da sua casa? E quais você compartilha com as crianças? Março é um mês para refletir sobre o espaço e o papel das mulheres, então, que tal olhar para as mulheres que escreveram - e ainda escrevem - nossas histórias?
Representatividade importa e muito para que meninas - e meninos - saibam que o lugar das mulheres é onde elas quiserem. Importa para a gente corrigir séculos de apagamento de produção intelectual das mulheres. E para a gente enxergar o mundo sob prismas múltiplos. Afinal, há muitas vozes para se ouvir e isso é um presente!
Por isso, listamos aqui - em ordem alfabética, para ser mais divertido! - algumas autoras que você precisa conhecer, ler e reler com e para as crianças. Venha conhecer um pouco mais sobre elas e suas histórias - as que viveram e as que escreveram para a gente!
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1) Adriana Carranca
Adriana Carranca é escritora e jornalista, especializada na cobertura de conflitos, crises humanitárias e direitos humanos, com olhar especial sobre a condição das mulheres. É colunista dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo e repórter enviada para coberturas especiais, como a série de reportagens sobre as guerras no Iraque e Síria, onde testemunhou um ataque do Estado Islâmico contra a base em que estava, enquanto acompanhava milicianos curdos.
Seus textos foram publicadas por revistas internacionais como a americana Foreign Policy e a edição francesa da Slate, entre outras – histórias como a de meninas entregues em casamento ainda crianças para sanar disputas tribais, que entrevistou em um vilarejo do Paquistão.
É autora do infantil Malala, a menina que queria ir para a escola (Companhia das Letrinhas). “A publicação da obra inaugura um novo gênero literário no mercado nacional: o de livros-reportagens para crianças”, escreveu O Globo. O livro foi duplamente premiado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) em 2016, nas categorias “escritora revelação” e “melhor livro informativo”.
2) Aline Abreu
Aline Abreu vive em São Paulo com a família, onde escreve e ilustra livros para adultos e crianças de todas as idades. Formada em artes visuais pela FAAP e mestre em literatura e crítica literária pela PUC-SP, ela ministra oficinas de ilustração.
Achou? é seu primeiro livro pela Companhia das Letrinhas, uma obra que convida os bebês e leitores na primeiríssima infância a brincar de esconde-esconde com texto e imagens da obra. "O que eu considero uma boa literatura para bebês é uma literatura que instiga a curiosidade, a investigação, o humor e o convite ao jogo e à brincadeira", diz ela.
3) Ana Maria Machado
Ana Maria Machado é uma das mais importantes autoras brasileiras, com extensa obra e vencedora de prêmios importantes tanto da literatura infantil como da ficção adulta. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1941, e há anos exerce intensa atividade na promoção da leitura.
Atuou como jornalista em revistas e jornais como O Globo, Veja e IstoÉ. Desde os anos 80, dedica-se à literatura não apenas como autora: fundou a Malasartes, no Rio de Janeiro, primeira livraria infantojuvenil do País.
Seus livros já venderam mais de 20 milhões de exemplares, muitos deles traduzidos em 26 países. É autora, entre outras obras, de: A princesa que escolhia (Companhia das Letrinhas) e O príncipe que bocejava (Companhia das Letrinhas).
4) Angela-Lago
Angela-Lago estreou no universo dos livros para a infância nos anos 1980, depois de ter rodado o mundo: viveu nos Estados Unidos, na Venezuela e na Escócia. Publicou mais de 30 livros de sua autoria em texto e imagem, além de dezenas de outras obras em que assina a ilustração.
Foi premiada no Brasil e no exterior com títulos. Em 2004, foi pela terceira vez indicada ao Prêmio Hans Christian Andersen, o Nobel da literatura infantil, pelo conjunto da obra.
Pela Companhia das Letrinhas, publicou diversas obras de destaque, entre elas Sete histórias para sacudir o esqueleto (2002) e O caixão rastejante e outras assombrações de família (2015).
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5) Astrid Lindgren
Nasceu em Vimmerby, na Suécia, em 1907. Escreveu mais de quarenta livros para crianças e vendeu cerca de 145 milhões de exemplares no mundo inteiro. Uma vez comentou:
“Eu escrevo para divertir a criança que vive dentro de mim, só espero que outras crianças também se divirtam”. Muitas das histórias de Astrid Lindgren foram baseadas em suas memórias de infância e são repletas de personagens cheias de vida e pouco convencionais, como Píppi Meialonga, provavelmente a mais conhecida.
Entre os prêmios de literatura que recebeu, está o prestigiado Hans Christian Andersen. Ela morreu em 2002.
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6) Blandina Franco
Blandina Franco descobriu que queria escrever livros para crianças depois dos 40 anos. Filha de um importante dramaturgo, esteve sempre rodeada de livros e histórias. Com seu humor refinado – e um pouco nonsense –, que combina muito com o olhar das crianças, firmou uma parceria de trabalho de vida com o marido, José Carlos Lollo, diretor de arte premiado e ilustrador premiado também! ;)
Juntos, o "circo Blandollo" já publicou mais de 40 livros e alguns dos mais importantes prêmios literários, entre eles o Jabuti por A raiva (Pequena Zahar), em 2015. A coleção do Pum, pela Companhia das Letrinhas, é outro dos sucessos dessa dupla.
7) Beatrix Potter
Como o Blog da Letrinhas contou aqui, Helen Beatrix Potter nasceu em Londres em 28 de julho de 1866. Desde muito pequena gostava de desenhar e fazia rascunhos de vários de seus bichinhos de estimação, que variavam entre coelhos, ratos, sapos, lagartos, cobras e um morcego.
Sua primeira obra, Pedro Coelho, veio de uma carta enviada a Noel, filho de Annie Moore, sua governanta, a quem permaneceu próxima durante toda a vida.
Depois de ser rejeitada por uma série de editoras, Beatrix decidiu publicar a história por conta própria, com uma impressão inicial de 250 cópias para amigos e família, em 1901. O livro foi um sucesso instantâneo, o que fez com que a Frederick Warne & Co, que antes tinha recusado o trabalho dela, decidisse publicar o livro um ano depois.
Ela se tornaria, mais tarde, uma ilustradora botânica e pesquisadora de fungos, só reconhecida pela comunidade científica da Inglaterra depois de sua morte. Ativista, empreendedora, trazia críticas sociais para suas obras, sempre se posicionando ao lado das figuras transgressoras que criava – e que questionavam as injustiças da sociedade de sua época.
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8) Chimamanda Ngozi Adichie
Chimamanda Ngozi Adichie nasceu em Enugu, na Nigéria, em 1977. É autora dos romances Meio sol amarelo (2008) – vencedor do Orange Prize, adaptado para o cinema em 2013 –, Hibisco roxo (2011) e Americanah (2014), além da coleção de contos No seu pescoço (2009) e de textos de não-ficção, como Sejamos todos feministas (2015), Para educar crianças feministas (2017) e O perigo de uma história única (2019), todos publicados no Brasil pela Companhia das Letras.
Para crianças e jovens leitores, publicou Sejamos todos feministas - versão adaptada para jovens (2021) e ilustrada por Aju Paraguassu.
Sua obra foi traduzida para mais de trinta línguas e apareceu em inúmeros periódicos, como as revistas New Yorker e Granta. Chimamanda vive entre a Nigéria e os Estados UnIdos. Juntas, suas conferências no TED já somam mais de 20 milhões de visualizações.
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9) Janaina Tokitaka
Nasceu em São Paulo, em 1986, e é bacharel em artes plásticas pela USP. Além de escrever e ilustrar para crianças e adolescentes, ela ministra cursos e oficinas sobre ilustração.
Começou sua carreira em 2005, como colaboradora da Folhinha, suplemento para crianças do jornal Folha de S. Paulo. No mesmo ano, ilustrou seu primeiro livro infantil e não parou mais.
É roteirista da série De volta aos 15, da Netflix, e autora dos livros: ABCDelas (Companhia das Letrinhas), A árvore - os três caminhos (Escarlate), e Oli procura uma (nova) melhor amiga (Seguinte), entre outros.
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10) Januária Cristina Alves
Januária Cristina Alves é jornalista, educomunicadora e mestra em Comunicação Social pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).
Tem mais de sessenta livros publicados e ganhou duas vezes o Prêmio Jabuti de Literatura Brasileira. Pesquisa cordel, arte popular brasileira e alfabetização midiática. É colunista do jornal Nexo e organizadora de Heróis e heroínas do cordel (Companhia das Letrinhas)
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11) Joana Raspall
Bibliotecária espanhola e escritora premiada, dedicou sua vida às letras, ao teatro e aos livros. É reconhecida por ter conquistado a criação de uma biblioteca na pequena cidade onde vivia desde os três anos.
Também por ter ajudado a salvar da destruição diversos livros em catalão, língua falada na Catalunha, norte da Espanha, na época em que trabalhava em uma biblioteca durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
Dedicou-se à preservação e ao estudo do catalão, escreveu peças de teatro para adultos e crianças (para quem escreveu desde o final dos anos 60) e teve um dos seus poemas mais conhecidos publicado no Brasil em 2020, Poderia (Brinque-Book), uma obra delicada sobre empatia.
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12) Heloisa Prieto
Nasceu em São Paulo, em 1954. É formada em letras, mestra em comunicação e semiótica pela PUC-SP e doutora em literatura francesa pela USP.
Além de escrever, também atua como tradutora e pesquisadora de tradições orais brasileiras, bem como mitos e lendas universais.
Tem mais de noventa livros publicados, muitos adaptados para a televisão, o cinema e o teatro. Entre suas obras, estão: O circo do amanhã (Companhia das Letrinhas), em parceria com Lilia Mortiz Schwarcz; 1001 fantasmas (Seguinte); 1002 fantasmas (Seguinte); Divinas desventuras (Companhia das Letrinhas) e O guardião da floresta e outras histórias que você já conhece (Brinque-Book). Traduziu Meu pai é um problema (Companhia das Letrinhas), de Babette Cole, em parceria com Lilia Moritz Schwarcz.
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13) Hilda Hilst
Hilda Hilst nasceu em 1930, em Jaú, no interior do estado de São Paulo. Formada em direito pela Universidade de São Paulo (USP), aos 35 anos mudou-se para a chácara Casa do Sol, próxima a Campinas, onde se dedicou integralmente à criação literária.
Escreveu poesia, ficção e peças de teatro. Morreu em 2004. Uma das mais importantes autoras brasileiras do século XX, foi homenageada da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) em 2018.
Não escrevia para crianças. Mas presenteou Daniel Fuentes, filho de um grande amigo seu e hoje presidente do Instituto Hilda Hilst, com o poema Eu sou a monstra quando ele tinha apenas oito anos. O texto foi publicado em antologias e, como obra independente, primeiro pela editora Quelônio e, em 2021, pela Companhia das Letrinhas.
14) Kátia Canton
Ela escritora, jornalista formada pela Escola de Comunicação e Artes da USP, crítica de arte, PhD em artes interdisciplinares pela Universidade de Nova York, professora e curadora do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC/USP). Uma das grandes especialistas do Brasil em contos de fadas, Kátia é autora dos livros A cozinha encantada dos contos de fadas e Fabriqueta de ideias. Desde 2019, também é diretora artística do Museu Internacional da Mulher (Mima), em Lisboa, Portugal.
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15) Kiusam de Oliveira
Ela é conhecida, nacional e internacionalmente, pela força e representatividade de suas obras, com histórias que trazem uma abordagem extraordinária de questões étnico-raciais e diversidade de gênero.
Pedagoga, doutora em educação, mestre em psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) e terapeuta integrativa, Kiusam é escritora do que chama de "Literatura Negro-Brasileira do Encantamento Infantil e Juvenil". Atua como formadora de profissionais de educação nas temáticas educação, relações étnico-raciais e de gênero, com foco em uma educação antirracista.
Venceu diversas premiações, entre elas o Prêmio ProAC Cultura Negra 2012 pela obra O mundo no black power de Tayó (Editora Peirópolis, 2013), considerado pela ONU um dos dez livros mais importantes do mundo na categoria Direitos Humanos. Pela Companhia das Letrinhas, publicou Tayó em quadrinhos, em 2021.
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16) Lilia Moritz Schwarcz
É professora titular no Departamento de Antropologia da USP e Global Scholar na Universidade de Princeton.
É autora de, entre outros livros, As barbas do imperador (1998, prêmio Jabuti/Livro do Ano, e Farrar Strauss & Giroux, 2004), O sol do Brasil (2008, prêmio Jabuti/Biografia 2009), Brasil: uma biografia (com Heloisa Murgel Starling; Companhia das Letras, 2015, indicado ao prêmio Jabuti/Ciências Humanas) e Lima Barreto: triste visionário (Companhia das Letras, 2017).
Para as crianças e jovens escreveu, entre outros títulos: D. João Carioca (Quadrinhos na Cia) e O circo do amanhã (Companhia das Letrinhas) em parceria com Heloisa Prieto.
17) Malala
Malala Yousafzai se tornou, aos dezesseis anos, a candidata mais jovem da história a receber o prêmio Nobel da paz.
Militante pela educação do vale do Swat, no Paquistão, chamou a atenção do público ao escrever para a BBC urdu a respeito da vida sob o Talibã e sobre a luta de sua família em defesa do direito à educação feminina.
Em outubro de 2012, foi baleada pelo Talibã quando voltava de ônibus da escola. Contrariamente às expectativas, sobreviveu e continua sua campanha pela educação para todos por meio do Fundo Malala, uma organização sem fins lucrativos de apoio educacional em comunidades ao redor do mundo.
Escreveu Eu sou Malala (Companhia das Letras), em parceria com Christina Lamb, e Malala e seus lápis mágico (Companhia das Letrinhas), entre outros.
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18) Marina Colasanti
Filha de italianos nascida na África (em Asmara, capital da Eritréia), enfrentou de perto uma guerra mundial ainda criança. Mudou-se diversas vezes –entre África e Itália- e acabou emigrando com a família para o Brasil por intermédio da tia, cantora lírica que aqui morava.
Chegou com apenas 10 anos, em 1948, pouco depois de terminado um dos conflitos mais violentos do século XX.
Artista plástica, jornalista e escritora, a “multimídia” (nas palavras do amigo Ziraldo) Marina foi contemplada com nada menos do que sete prêmios Jabuti, um dos principais de literatura no Brasil, sendo o mais recente deles, em 2014, com um livro infantil – Breve história de um pequeno amor (FTD), que, além de vencer nessa categoria, foi também considerado o melhor livro de ficção do ano.
Para crianças e jovens, é autora também de Tudo tem princípio e fim (Escarlate) e de umas das traduções de As aventuras de Pinóquio (Companhia das Letrinhas), de Carlo Collodi, entre outros.
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19) Meghan, Duquesa de Sussex
É mãe, esposa, feminista e ativista. Por meio do trabalho sem fins lucrativos da Archewell Foundation, ela e seu marido se dedicam a promover a compaixão em comunidades ao redor do mundo.
Atualmente ela mora com sua família, seus dois cachorros e um grupo crescente de galinhas resgatadas na Califórnia, Estados Unidos, lugar em que nasceu.
Estreou na literatura com o livro infantil Seu Banco (Companhia das Letrinhas), poema que fez ao marido quando nasceu Archie, o primeiro filho do casal.
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20) Susanne Straβer
Nasceu em 1976, na cidade de Erding, Alemanha. Estudou comunicação e design em Londres e Munique e tem hoje reconhecimento internacional por seu trabalho – ela já foi destaque na Bienal de Ilustrações de Bratislava e tem um livro adaptado para o cinema (Das Märchen von der Prinzessin, 2013).
É também o nome por trás de livros que fazem um sucesso enorme entre os leitores bem pequeninos – e entre os que já são maiores também, como Bem lá no alto, Muito cansado e bem acordado, Baleia na banheira e o lançamento A raposa vai de carro, todos fundamentais para a biblioteca de bebês e crianças pequenas.
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21) Suzy Lee
Artista coreana premiada, conhecida e reconhecida pela sua habilidade em combinar e explorar as tensões entre fantasia e realidade através das imagens, é autora da chamada trilogia da margem, Espelho, Onda e Sombra, em que cria uma narrativa simples e imaginativa, sem palavras e explorando as bordas e o formato do livro.
Recebeu diversos prêmios prestigiosos, entre eles o Hans Christian Andersen, o "Nobel" da literatura para crianças. É considerada mestra na arte do livro ilustrado e da narrativa visual.
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22) Yasmeen Ismail
A irlandesa que hoje mora em Bristol, na Inglaterra, é uma premiada autora, ilustradora e animadora. Depois de ter trabalhado em diversos projetos de animação (atuou como diretora, roteirista, animadora, produtora, designer), conta que se encontrou escrevendo e ilustrando livros ilustrados.
Ela ama aquarelas, nanquins e tintas e é fã de experimentar, expandindo suas formas de expressão. É autora de Eu sou uma menina (Brinque-Book), baseado em suas memórias de infância com sua irmã e que questiona papéis de gênero que impedem as crianças de brincar e explorar livremente.
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