Prêmio Jabuti 2024: conheça os semifinalistas da Companhia das Letras

24/10/2024

O prêmio Jabuti chega aos 66 anos de existência e anuncia nesta quinta-feira (24) os 10 semifinalistas das 22 categorias contempladas. Há três obras de selos infantis da Companhia das Letras que foram indicadas nas categorias infantil e ilustração.  São elas: João Pestana (Companhia das Letrinhas, 2023), Neguinha, sim! (Companhia das Letrinhas, 2023) e Lá longe (Pequena Zahar, 2023). A lista dos cinco finalistas por categoria será divulgada no dia 4 de novembro. Conheça melhor as obras da editora que estão na disputa:


Infantil


João Pestana  (Companhia das Letrinhas, 2023), de Gregorio Duvivier com ilustrações de Laurent Cardon

Ilustração de 'João Pestana'

Neste reconto galgado em humor e rima, a figura mítica do homenzinho minúsculo que ajuda as crianças a pegarem no sono  é introduzida como um curioso “gigante miúdo”. O menor gigante do mundo. Uma figura que mais sussurra do que fala e que segue, obstinada, sua jornada para conduzir os pequenos às terras de Morfeu. João Pestana avança pela pele macia da barriga, para para descansar os pés no buraco do umbigo, toma cuidado para não cair no poço cheio de dentes da boca aberta em um bocejo. Tudo isso, carregando nas costas o “pó do peso do mundo”. 

 

Neguinha, sim!  (Companhia das Letrinhas, 2023), de Renato Gama com ilustrações de Bárbara Quintino

Ilustração de 'Neguinha, sim!'

A canção que deu origem ao livro é um manifesto que celebra a beleza e a ancestralidade de cada traço da negritude. Dos cabelos pixaim, aos lábios grossos e olhos de jabuticaba que marcam as faces de tantas gerações, vamos contemplando cada detalhe. As ilustrações cheias de cor parecem fazer o texto ritmado pulsar ainda mais. Uma história-canção que faz parte da Coleção Canoa para despertar o orgulho de dizer: neguinha, sim!

Ilustração

Lá longe (Pequena Zahar, 2023) de Carolina Moreyra e Odilon Moraes 

Ilustração de 'Lá longe'

Uma obra poética que traça paralelos entre a cidade e a mata, entre seres humanos e animais, revelando conexões óbvias mas que costumam ser esquecidas. No jogo que se estabelece entre o texto e as ilustrações, acompanhamos os ritmos sincronizados entre o menino e os bichos, que habitam paisagens distintas, mas compartilham subjetividades. 

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