Um dos maiores nomes do modernismo no Brasil, figura tão genial quanto trágica, ganha primeira biografia de vulto.
Um dos maiores nomes do modernismo no Brasil, figura tão genial quanto trágica, ganha primeira biografia de vulto.
A obra de Alberto da Veiga Guignard em especial suas paisagens de Minas, as reais e as imaginárias é um dos pontos altos do modernismo no Brasil. A sólida formação europeia, conquistada ao longo dos anos entre Alemanha, França e Suíça, e o lirismo de suas pinturas destacavam o artista de seus pares. Sua vida, porém, foi marcada pela instabilidade e a solidão.
Portador de uma deformidade no rosto que afetou suas relações sociais desde a mais tenra idade, o "anjo mutilado" como o chamou o poeta Manuel Bandeira recebeu essa alcunha por sofrer de caso severo de lábio leporino, deficiência que afetava sobretudo sua fala. Era, então, com sua arte que Guignard comunicava o que seria incapaz de elaborar num discurso.
Nesta extensa e detalhada pesquisa para a reconstrução da biografia do pintor, com narrativa tão envolvente quanto a ficção, Marcelo Bortoloti faz um retrato histórico da Europa entreguerras, do Brasil modernista e de um artista cuja obra comprova as dores e as alegrias de ser diverso.