Uma narrativa poderosa sobre um homem e suas tentativas de reatar os fios do passado. Uma jornada às bordas de um Brasil cindido, em que o diálogo não parece mais possível.
Uma narrativa poderosa sobre um homem e suas tentativas de reatar os fios do passado. Uma jornada às bordas de um Brasil cindido, em que o diálogo não parece mais possível.
O verão tardio, sexto romance de Luiz Ruffato, é uma história de inadequação. Depois de mais de vinte anos, Oséias, um homem abandonado por mulher e filho, decide regressar a sua cidade-natal, Cataguases, em Minas Gerais. Durante seis dias, seguimos passo a passo suas andanças, visitas a familiares, encontros com velhos personagens locais. A sombra do suicídio de uma de suas irmãs, Lígia, e a comunicação falha com praticamente todos a sua volta acompanham suas tentativas de reatar os fios do passado. Em meio a um Brasil que parece ir do projeto à ruína a todo momento, O verão tardio propõe uma reflexão sobre uma sociedade em que as classes sociais romperam completamente o diálogo e, como afirma um de seus personagens, se tornaram "planetas errantes" prontos para entrarem em rota de colisão e se destruírem.