Em seu sexto livro de poesia, Bruna Beber conduz o leitor por um caminho limiar entre tempo e espaço, vida e morte.
Em seu sexto livro de poesia, Bruna Beber conduz o leitor por um caminho limiar entre tempo e espaço, vida e morte.
"Pai celestiá/ ninguém sabe quem varre nossas porta/ Se vento ventoso, vento de arrasá/ ou vento de ninar cantiga/ Por isso santa Rita nóis canta/ advindo disso santa Rita nóis reza". Com uma prece, pedindo licença, entramos no novo livro da poeta Bruna Beber.
Veludo rouco é dividido em quatro partes -- "Amor e morte", "Natureza e fantasia", "Ofício e graça", "História e geografia" --, cada qual uma vereda por onde se aventurar em torno de diferentes tempos, vozes e lugares. Circulando por ruas de São Paulo, Rio de Janeiro ou do sul da África, invocando personagens vivos e mortos, a autora constrói a cada verso um lugar próprio, nos convidando a visitá-lo e conhecer seus habitantes.
"Nas frestas dessas estranhas grandezas", escreve Luiz Antonio Simas, que assina o texto de orelha, "a poesia vai se aconchegando grudada à vida, como os quebra-queixos da meninice grudavam nos dentes e arrancavam obturações".