Em 2008, Zygmunt Bauman foi convidado pela revista italiana La Repubblica delle Donne para comentar múltiplos aspectos do que chama de "mundo líquido moderno". Durante quase dois anos, ele publicou quinzenalmente sua contribuição e este livro reúne uma seleção de 44 cartas do autor sobre temas da cultura, da política e do cotidiano.
Em 2008, Zygmunt Bauman foi convidado pela revista italiana La Repubblica delle Donne para comentar múltiplos aspectos do que chama de "mundo líquido moderno". Durante quase dois anos, ele publicou quinzenalmente sua contribuição e este livro reúne uma seleção de 44 cartas do autor sobre temas da cultura, da política e do cotidiano.
Em uma época em que padecemos de excesso de informações, como filtrar as notícias que importam em meio a tanto lixo? Nestas cartas, Bauman separa o joio do trigo, o que é relevante daquilo sem substância. Como o mundo líquido está em constante movimento, diz o autor, e somos perpetuamente arrastados em suas ondas, esses escritos são flashes da vida contemporânea: Twitter, Facebook, moda, proliferação de doenças nervosas, solidão, isolamento, terceirização do trabalho, entre outros temas.
Poucos eventos escapam ao olhar de Bauman. Surpreende a sua capacidade de descobrir significados sob atos aparentemente simples -- uma chamada ao celular, a exposição de uma foto na rede social, a fatura do cartão de crédito. Fatos que parecem casuais e desconectados se unem para reforçar a aflição do homem no mundo líquido: um indivíduo em busca de sua identidade.
E o sociólogo faz um alerta: apenas unidos poderemos combater os "males sociais". Optar pelo individualismo seria o mesmo que nos preparar para nossa própria biodegradação.