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/ À vistaEm A cultura no mundo líquido moderno, Zygmunt Bauman -- um dos mais brilhantes pensadores da atualidade -- rememora os deslocamentos históricos do conceito de cultura e examina seu destino num mundo marcado pelas poderosas forças da globalização, da migração e da coexistência bélica de populações.
Em A cultura no mundo líquido moderno, Zygmunt Bauman -- um dos mais brilhantes pensadores da atualidade -- rememora os deslocamentos históricos do conceito de cultura e examina seu destino num mundo marcado pelas poderosas forças da globalização, da migração e da coexistência bélica de populações.
Há cerca de dois séculos, nascia o conceito de cultura, designando um estágio de conhecimento a ser atingido por toda a humanidade. Com ele, surgia o moderno Estado-nação, responsável por organizar e administrar a economia, a política e a sociedade, e definia-se também o papel dos intelectuais na educação e na formação cultural dos povos.
Em nossa era líquido-moderna, na qual todas as hierarquias se dissolvem e os indivíduos passam de produtores a consumidores, todo esse arcabouço se desfaz. A cultura já não é da humanidade, mas de grupos, de guetos, e a agenda contemporânea põe na ordem do dia temas como cidadania, direitos humanos e convivência. Contudo -- alerta-nos Zygmunt Bauman neste livro brilhante --, mais que lutar pelos direitos da diferença, deveríamos nos empenhar pelo direito à igualdade.