Em sua estréia literária, o personagem Kurt Wallander, inspetor da polícia sueca, investiga o assassinato de um casal de velhos. O caso ganha repercussão nacional, tanto pela brutalidade como por suas implicações políticas: pode estar em curso um movimento xenófobo no país. Mankell alcança uma combinação exata de ação, reflexão e suspense.
Em sua estréia literária, o personagem Kurt Wallander, inspetor da polícia sueca, investiga o assassinato de um casal de velhos. O caso ganha repercussão nacional, tanto pela brutalidade como por suas implicações políticas: pode estar em curso um movimento xenófobo no país. Mankell alcança uma combinação exata de ação, reflexão e suspense.
É madrugada. Faz muito frio. Em um lugarejo no sul da Suécia, um agricultor descobre que seus vizinhos foram sadicamente brutalizados durante a noite. Chamado ao local, o inspetor Kurt Wallander se vê diante de um crime aparentemente sem sentido. Não houve roubo. Por que então aquele casal de velhos teria sido atacado? A única pista é uma palavra sussurrada pela mulher: "Estrangeiro".Wallander já tem problemas suficientes, está no meio de uma guerra privada: a mulher o deixou há seis meses e depois disso ele engordou sete quilos; o destino da filha lhe tira o sono; o pai, viúvo, lhe dá trabalho.E agora esse crime: o inspetor jamais havia imaginado até que ponto a sua moderna Suécia podia ser palco do mais puro horror. O caso, naturalmente, ganha repercussão nacional, não só pela brutalidade, mas também por suas implicações políticas: pode estar em curso um movimento xenófobo no país. A imprensa e os altos escalões do governo vão pressionar por uma solução rápida. Como se não bastasse, Wallander terá de aceitar que uma nova promotora (bem atraente, é verdade) monitore seus movimentos, o que às vezes equivale a "obstruir" as investigações. Para Kurt Wallander, será difícil - e aterrorizante - reconstituir o que houve naquela madrugada gélida.