Enciclopédia da Floresta reúne estudos feitos na região da bacia do Alto Juruá, no Acre. Fartamente ilustrado, o livro apresenta a cultura dos seringueiros e das comunidades indígenas Kaxinawá, Ashaninka e Katukina. Uma obra excepcional sobre a diversidade ecológica e a riqueza humana da Amazônia.
Enciclopédia da Floresta reúne estudos feitos na região da bacia do Alto Juruá, no Acre. Fartamente ilustrado, o livro apresenta a cultura dos seringueiros e das comunidades indígenas Kaxinawá, Ashaninka e Katukina. Uma obra excepcional sobre a diversidade ecológica e a riqueza humana da Amazônia.
Uma pequena porção da floresta amazônica, na fronteira do Brasil com o Peru, é abrigo de uma das maiores concentrações de riqueza biológica do planeta. Além de ser um santuário de diversidade natural, a bacia do Alto Juruá, no sudoeste do estado do Acre, é também morada de quatro populações tradicionais: os seringueiros da Reserva Extrativista do Alto Juruá e as comunidades indígenas Kaxinawá, Ashaninka e Katukina. Esses agrupamentos compartilham um saber que retira das práticas cotidianas na floresta um modo de viver e de conhecer. A Enciclopédia da Floresta reúne estudos de pesquisadores em áreas como a biologia, a geologia, a botânica e a antropologia, que apresentam o vasto saber enciclopédico dessas populações e mostram a cultura local como um conjunto de diferenças articuladas entre si. Como demonstram os autores, porém, não há uniformidade cultural. Cada agrupamento humano guarda particularidades, como certas preferências culinárias, modos diferentes de se relacionar com os fenômenos naturais, diferentes formas de medir o tempo e de pensar. Os seringueiros acreditam, por exemplo, na metamorfose de certos animais em outros, enquanto os índios crêem que os animais sejam transformações de homens primordiais. A partir de uma área localizada, os autores compõem uma síntese de um universo maior, que vai até os limites de toda a Amazônia. Fruto de um trabalho de mais de dez anos de pesquisas de campo, esta Enciclopédia levanta questões éticas fundamentais sobre a utilização sustentada do conhecimento tradicional, propondo saídas para o dilema que opõe o desenvolvimento econômico à conservação da riqueza natural e humana da floresta.Fartamente ilustrada com fotos e desenhos indígenas, a obra é organizada por Manuela Carneiro da Cunha, professora titular da USP e atualmente full professor do Departamento de Antropologia da Universidade de Chicago, e por Mauro Barbosa de Almeida, Ph.D. pela Universidade de Cambridge de Londres e professor do Departamento de Antropologia da Unicamp.