Os Anos do Condor descreve a aliança de ditadores da América do Sul concebida na década de 1970 para deter o avanço do comunismo: a Operação Condor. Criado pela ditadura de Augusto Pinochet, o Condor foi responsável pela execução de guerrilheiros, líderes políticos e milhares de civis em todo o continente.
Os Anos do Condor descreve a aliança de ditadores da América do Sul concebida na década de 1970 para deter o avanço do comunismo: a Operação Condor. Criado pela ditadura de Augusto Pinochet, o Condor foi responsável pela execução de guerrilheiros, líderes políticos e milhares de civis em todo o continente.
Concebido pelo governo sangrento de Augusto Pinochet, a Operação Condor representava uma aliança entre ditaduras sul-americanas na perseguição do comunismo pelo continente. Naqueles anos de Guerra Fria, havia o pavor de que grupos guerrilheiros, inspirados na experiência revolucionária de Cuba, repetissem na América Latina o que acontecera no Vietnã.
O Condor levou o terrorismo de Estado para além dos limites dos países-membros. Em 1976, o ex-ministro da Defesa chileno, Orlando Letelier, foi morto num atentado em Washington. Segundo a apuração do autor, os Estados Unidos poderiam ter evitado a morte de Letelier, já que conheciam naquele ano os planos do Condor de executar assassinatos no exterior.
Líderes políticos, guerrilheiros e milhares de civis foram executados no período do Condor. Em 1998, Pinochet foi preso em Londres a pedido de juízes espanhóis que o acusavam de cometer crimes de tortura e de assassinato contra a humanidade. A decisão da corte espanhola desencadeou uma série de processos contra militares e políticos implicados no Condor.