Narrado com precisão cirúrgica, diálogos brilhantes e um suspense quase insuportável. Indenização em dobro nos traz uma radiografia da culpa, das mentiras e dos enganos que um amor obsessivo e destruidor pode gerar.
Narrado com precisão cirúrgica, diálogos brilhantes e um suspense quase insuportável. Indenização em dobro nos traz uma radiografia da culpa, das mentiras e dos enganos que um amor obsessivo e destruidor pode gerar.
James Mallahan Cain é um dos mestres da escola mais áspera do romance policial americano, ao lado de Raymond Chandler e Dashiel Hammett. Nascido em Baltimore em 1892, foi jornalista e chegou a editor-executivo da revista New Yorker antes de trabalhar como roteirista em Hollywood. O primeiro de seus dezoito livros, O destino bate à sua porta, tornou-se uma sensação imediata. Foi condenado por obscenidade em Boston, recebido com grande interesse na Europa e apontado por Albert Camus como fonte de inspiração para seu livro O estrangeiro. Hoje é consagrado como um clássico do gênero.
Em 1935, um ano depois de O destino bate a sua porta, Cain lançou Indenização em dobro, inspirado em fatos reais. Na Los Angeles do início dos anos 30, o corretor de seguros Walter Huff por acaso conhece Phyllis, mulher de um cliente, durante uma visita de negócios. Completamente seduzido, faz com ela um pacto de altíssimo risco. O romance, que consagrou James M. Cain como um dos grandes virtuoses do roman noir americano, foi aclamado como segunda obra-prima e chegou ao cinema, em 1944, como o filme de estréia de Billy Wilder em Hollywood, tendo recebido no Brasil o título de Pacto sangrento. Clássico inconteste do cinema noir americano, o filme teve sete indicações ao Oscar em 1945.
James M. Cain estava trabalhando em sua autobiografia quando morreu em Maryland, em 1977, onde vivia desde o fim da década de 1940.
"Uma obra-prima americana" - Ross Macdonald
"Um poeta do crime" - Edmund Wilson