Com sua prosa concisa, o autor associa magistralmente humor e lirismo nas memórias de um imigrante judeu russo, contrapondo uma vida insignificante aos grandes feitos do "amigo dos índios" Noel Nutels, seu suposto companheiro de viagem na vinda para o Brasil.
Com sua prosa concisa, o autor associa magistralmente humor e lirismo nas memórias de um imigrante judeu russo, contrapondo uma vida insignificante aos grandes feitos do "amigo dos índios" Noel Nutels, seu suposto companheiro de viagem na vinda para o Brasil.
A majestade do Xingu é uma história de imigrantes, de russos, de judeus, de comunistas, de índios, de Noel Nutels, de pequenos comerciantes, de várias formas de ser brasileiro, de pais e mães, de filhos e amigos, de diferentes qualidades de amor e ódio, de cartas que não escrevemos, de lutas contra a dor. Dando voz a um dono de armarinho que dispersou afetos entre miudezas empoeiradas, Moacyr Scliar enlaça todas as histórias neste romance. Elas às vezes nos fazem rir, sempre nos confrontam com uma melancolia irremediável e se incorporam à nossa experiência de leitores de forma definitiva.