Já neste seu primeiro romance, Ian McEwan revelava as características que o confirmariam como um dos maiores escritores ingleses de sua geração: o domínio técnico, a linguagem seca, narrativa de forte apelo visual, guinadas surpreendentes.
Já neste seu primeiro romance, Ian McEwan revelava as características que o confirmariam como um dos maiores escritores ingleses de sua geração: o domínio técnico, a linguagem seca, narrativa de forte apelo visual, guinadas surpreendentes.
Mesclando elementos da tradição gótica inglesa a um enredo sem qualquer tipo de devaneio lírico, o autor constrói uma experiência literária áspera e visceral: após a morte dos pais, quatro crianças encerram-se no minúsculo mundo do lar, entregando-se a todo tipo de sensações e descobertas bizarras. Com o tempo, passam a mimetizar os papéis dos adultos ausentes, criando uma nova estrutura familiar que desaba quando a irmã mais velha leva um estranho ao núcleo fraterno. É só o começo de um inferno existencial para o qual não haverá saída.