"Seja qual for o futuro, ele será digital." Com essa afirmação, Robert Darnton resume suas convicções quanto ao futuro do livro. O assunto, atualíssimo, é discutido com autoridade e imaginação nesta oportuna coleção de artigos e ensaios em torno de um tema fundamental para a cultura contemporânea.
"Seja qual for o futuro, ele será digital." Com essa afirmação, Robert Darnton resume suas convicções quanto ao futuro do livro. O assunto, atualíssimo, é discutido com autoridade e imaginação nesta oportuna coleção de artigos e ensaios em torno de um tema fundamental para a cultura contemporânea.
O historiador norte-americano Robert Darnton decidiu reunir em um único volume seus artigos abordando a questão do livro depois de verificar que, na última década, ele havia sido convidado a um grande número de conferências sobre a suposta "morte do livro", levando-o a suspeitar que os livros, ao contrário, deviam estar muito vivos. A prova, como aponta Darnton, é que a indústria do livro está lançando em todo o mundo cerca de 1 milhão de novos títulos por ano. A despeito dessa aparente pujança, no entanto, a questão permanece intrigante. Estaria a era do livro em papel encadernado chegando perto do fim, em face dos avanços trazidos pelas tecnologias digitais?
Partindo dessa questão, Darnton discute em profundidade alguns temores reais que a nova paisagem suscita. Por exemplo, será que a iniciativa do Google de digitalizar livros de grandes bibliotecas públicas americanas sinaliza uma tendência monopolística visando apenas ao lucro? E como ficarão os interesses de editores e autores em um processo que pode facilmente assumir características predatórias, como ocorreu com a indústria fonográfica? O assunto, como se vê, é atualíssimo.