Percorrendo desde as páginas plácidas de Montesquieu até os anos angustiantes que se seguiram à queda de Robespierre, o filósofo político Newton Bignotto acompanha, em As aventuras da virtude, o tortuoso percurso do léxico republicano durante a Revolução Francesa.
Companhia das Letras
Dicionário da república
Lilia Moritz Schwarcz (Org.) e Heloisa Murgel Starling (Org.)R$ 119,90
Percorrendo desde as páginas plácidas de Montesquieu até os anos angustiantes que se seguiram à queda de Robespierre, o filósofo político Newton Bignotto acompanha, em As aventuras da virtude, o tortuoso percurso do léxico republicano durante a Revolução Francesa.
As aventuras da virtude mostra que havia no século XVIII uma linguagem republicana anterior às ameaças efetivas ao regime monárquico, e que encontrou nos anos decisivos da Revolução terreno fértil para se desenvolver. Recriada pelos iluministas em seus passeios pela Antiguidade e transformada por Rousseau, que a ela forneceu uma gramática rigorosa e inovadora, essa linguagem tornou-se um código obrigatório quando o Antigo Regime ruiu definitivamente.
Nesse caminho, uma noção ocupou um lugar de destaque: a virtude. Seguir os caminhos e percalços da virtude é uma maneira não apenas de acompanhar o processo de transformação da paisagem política e intelectual da França, mas também de assistir ao encontro da nova realidade do século das Luzes com ideias e concepções de um mundo que já desaparecera.
Estas surpreendentes aventuras e desventuras da formação do pensamento republicano francês nos oferecem um material inestimável de reflexão, num momento em que, como lembra o próprio autor, "a interrogação sobre a república e a liberdade está longe de ser uma mera querela de eruditos".