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/ À vistaEm O mágico, Colm Tóibín elabora um retrato ficcional da vida de Thomas Mann. Um romance generoso e sensível que reflete as inquietudes e as instabilidades do século XX.
Em O mágico, Colm Tóibín elabora um retrato ficcional da vida de Thomas Mann. Um romance generoso e sensível que reflete as inquietudes e as instabilidades do século XX.
Crescendo entre os privilégios burgueses da Alemanha do início do século XX, o jovem Thomas Mann começa, não sem dificuldades, a embarcar na carreira literária. Sua sensibilidade artística é acompanhada por uma forma intensa e apaixonada de vivenciar as relações. O casamento com Katia -- herdeira de uma rica família judia de Munique -- parece apaziguar as energias criativas de Mann, trazendo-lhe seis filhos e uma estrutura doméstica que o desviava do estigma que à época sua homossexualidade atrairia.
No entanto, seus anos de fama coincidem com a ascensão de Hitler ao poder. A antecâmara da Segunda Guerra Mundial e do nazismo é para o autor e sua família o início de um exílio que os levará da Alemanha aos Estados Unidos, passando por Suíça, França e Suécia. Enquanto o protagonista continua se interrogando sobre a natureza, a autenticidade e a adequação das próprias ideias e emoções, retornará à sua pátria -- e a encontrará desfigurada pelo horror irreparável da guerra.
"Este é um livro extremamente ambicioso, no qual o íntimo e o marcante são equilibrados de forma primorosa. É a história de um homem que passou quase toda a vida adulta atrás de uma escrivaninha ou fazendo pequenos passeios tranquilos após as refeições com sua esposa. Dessa existência sedentária, Tóibín construiu um épico." -- The Guardian
"Tóibín já fez algo semelhante em seu romance O mestre: seguindo um grande escritor -- Henry James, no caso -- enquanto ele trabalha e se diverte. O que James e Mann têm em comum, além das exigências que fazem aos leitores, é um relacionamento tenso com sua homossexualidade." -- The Washington Post
"Não há condenação em O mágico, tampouco piedade. Em vez disso, há o entendimento de que um grande artista pode ser, afinal, apenas um ser humano." -- Vulture