Considerado o filósofo social inglês mais importante de nosso tempo, Anthony Giddens enfrenta um assunto ainda inédito em seus trabalhos anteriores: a modernidade e suas relações com a vida individual.
A falta de sentido pessoal - a sensação de que a vida nada tem a oferecer - tornou-se um problema psíquico fundamental na modernidade tardia. Para Giddens, o "isolamento existencial" não é tanto uma separação do indivíduo em relação aos outros, mas uma separação entre o indivíduo e os recursos morais necessários para se viver uma existência plena e satisfatória.
Se não há princípios éticos trans-históricos, como poderá a humanidade lidar sem violência com os choques entre partidários de diferentes convicções? Giddens argumenta que responder a esses problemas certamente vai requerer uma reconstrução radical das políticas emancipatórias.