Análise das relações entre cultura e poder no período Vargas a partir dos retratos pintados por Portinari, numa reflexão que escapa à visão quase mítica que se tem do modernismo brasileiro.
Análise das relações entre cultura e poder no período Vargas a partir dos retratos pintados por Portinari, numa reflexão que escapa à visão quase mítica que se tem do modernismo brasileiro.
RETRATOS DA ELITE BRASILEIRA (1920-40)Retratos são imagens negociadas entre os artistas e os retratados. Uns e outros se servem dessas representações para expressar seus anseios e dificuldades nos diferentes domínios da experiência social. Beleza, amores e sentimentos arrebatados; pretensões materiais, de prestígio e de poder; embates institucionais e rivalidades políticas - eis alguns dos ingredientes mobilizados nesse inesgotável jogo de imagens.Ao tomar como eixo de sua análise a produção retratística de Cândido Portinari, Sergio Miceli abre uma trilha fecunda para o estudo das relações entre cultura e poder durante o período Vargas, criando um ensaio inovador, peculiar retrato das elites brasileiras de então.