Para compreender a subversão filosófica de Espinosa, Marilena Chaui se move por áreas como a história da filosofia e a historiografia filosófica, sempre imbuída da "alegria de conhecer" que está no centro do pensamento espinosiano.
Para compreender a subversão filosófica de Espinosa, Marilena Chaui se move por áreas como a história da filosofia e a historiografia filosófica, sempre imbuída da "alegria de conhecer" que está no centro do pensamento espinosiano.
A tradição judaico-cristã crê na existência de um ser supremo transcendente que, por um ato de vontade, cria o mundo e os seres humanos, dando a estes o livre-arbítrio para escolher entre o bem e o mal. Quando Espinosa (1632-77) afirma: "Deus, ou seja, a Natureza", ele subverte essa crença. Demonstra que o ser absoluto é imanente ao universo e que todas as coisas são efeitos necessários de sua ação.São inúmeras as interpretações da obra de Espinosa; alguns consideram até que, para ele, a liberdade humana é impossível. Neste livro que é fruto de mais de trinta anos de estudos, Marilena Chaui opõe-se a tal visão e mostra que a imanência de Deus à Natureza é a condição necessária para a existência dos seres individuais e para a sua liberdade.Prêmio Jabuti 2000 de Melhor Livro de Ciências Humanas e Educação