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UMA MENINA ESTRANHA

Temple Grandin e Margaret M. Scariano
Tradução: Sergio Flaksman

Apresentação

Depoimento em que Temple Grandin, engenheira e bióloga autista, conta sua história. Foi somente quando já tinha quase trinta anos, por exemplo, que ela conseguiu olhar nos olhos de outra pessoa. É dela a frase que deu título ao livro de Oliver Sacks: "A maior parte do tempo eu me sinto como um antropólogo em Marte".

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Ficha Técnica

Páginas: 200 Formato: 13.00 X 21.00 cm Peso: 0.24 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 17/12/1999
ISBN: 978-85-7164-963-7 Selo: Seguinte Ilustração:

SOBRE O LIVRO

Depoimento em que Temple Grandin, engenheira e bióloga autista, conta sua história. Foi somente quando já tinha quase trinta anos, por exemplo, que ela conseguiu olhar nos olhos de outra pessoa. É dela a frase que deu título ao livro de Oliver Sacks: "A maior parte do tempo eu me sinto como um antropólogo em Marte".

Autobiografia da engenheira e bióloga Temple Grandin, que bem cedo foi diagnosticada como autista. Conversando com o neurologista Oliver Sacks, ela pronunciou uma frase que dá bem a medida de como o mundo lhe parece estranho: "A maior parte do tempo eu me sinto como um antropólogo em Marte".Até os três anos e meio, Temple só se comunicou por intermédio de gritos, assobios e murmúrios de boca fechada. Sua mãe percebeu que já aos seis meses ela não se aninhava no colo: ficava rígida, rejeitava o corpo que queria abraçá-la. Na escola, batia na cabeça das outras crianças. Em vez de argila ou massinha sintética, usava as próprias fezes para modelar e espalhava suas criações pelo quarto. Às vezes ignorava sons altíssimos, mas reagia com violência aos estalidos de uma folha de celofane. O cheiro de uma flor recém-colhida podia deixá-la descontrolada ou fazê-la refugiar-se em seu mundo interior. Somente quando já tinha quase trinta anos conseguiu dar um aperto de mão e olhar nos olhos de outra pessoa. Construiu uma "máquina de abraço" para pressioná-la sem o desconforto intenso que um outro corpo humano provoca nela.O grau de autismo de Temple Grandin não é o mais alto, e por isso o mundo que ela criou não se parece com uma fortaleza onde ninguém pode entrar.Temple se tornou uma profissional extremamente bem-sucedida. Projeta equipamentos e instalações para a pecuária. Todos os corredores e currais que desenha são redondos, pois o gado tem mais facilidade em seguir um caminho curvo - primeiro porque, não vendo o que há no fim do caminho, fica menos assustado; segundo porque o desenho curvo aproveita o comportamento natural do animal, que é descrever círculos. Ela faz uma analogia: com as crianças autistas é preciso agir do mesmo modo, isto é, trabalhando a favor delas, ajudando-as a descobrir e desenvolver seus talentos ocultos.De certa forma, esta autobiografia nos diz que as pessoas todas podem se tornar menos "estranhas".

Sobre o autor