Segundo livro de ficção de Fernando Molica - jornalista vencedor do prêmio Vladimir Herzog de reportagem de TV em 2004 -, Bandeira Negra, Amor, é um romance de amor, de uma paixão, em que várias faces do racismo brasileiro são tocadas, com lucidez e sensibilidade. Uma trama vertiginosa com ondas de humor, sexo e suspense. Fred foi um garoto que cresceu vendo sua mãe fazer de tudo para ele parecer branco. Nada de assumir o cabelo carapinha, nada de dizer: sou negro. No máximo, moreninho claro. Mas a vida é pródiga em artimanhas. O menino Fred transformou-se no Dr. Frederico Cavalcanti de Souza, advogado e militante do movimento negro, que mantém um caso secreto com Beatriz, major da PM e branca. De dia, Fred desafia a instituição militar, à noite, cai nos braços de uma das mulheres mais poderosas da corporação. O desaparecimento de três jovens perto do morro do Borel é o começo de tudo. Uma testemunha não identificada informa que os rapazes foram levados por um carro da PM. Sequestro? Quem estava de serviço naquela noite? O que a viatura fazia nas proximidades do morro? Drogas? Partindo de uma trama policial, Fernando Molica explora meandros de nossos preconceitos, de nossas vilanias. Neste mergulho pelo submundo carioca, o autor tece vários matizes do preconceito, nos revelando os paradoxos de se assumir a cor negra num país como o Brasil.