O inglês Tony Judt, um dos historiadores e intelectuais mais respeitados da atualidade, dedicou pelo menos uma década de pesquisa e reflexão à desafiadora tarefa de escrever Pós-guerra, a primeira História da Europa Contemporânea. Ao longo de novecentas páginas, o autor vai de Portugal à Rússia, abrangendo 34 países e cobrindo um período de sessenta anos em uma só narrativa. Com uma abordagem inovadora, Judt trata praticamente todo o século XX como "o epílogo da Segunda Guerra" e considera o ano de 1989, marcado pelo colapso do comunismo e a queda do muro de Berlim, como o começo do fim do pós-guerra. Apesar do tamanho e complexidade do continente, Judt criou um relato coeso de seu passado recente. Sofisticado e ao mesmo tempo acessível, Pós-guerra reúne relações internacionais, políticas internas, pensamentos e teorias, mudanças sociais e aspectos culturais numa grandiosa narrativa. Cada país tem seu momento de entrar em cena, ainda que os chamados grandes temas estejam sempre em foco - a guerra fria, a relação de amor e ódio dos países europeus com os Estados Unidos, a decadência e o renascimento cultural e econômico, o mito e a realidade da unificação econômica na Comunidade Europeia -, nenhum deles ofusca o grande personagem que é este continente como um todo.