Com uma narrativa surpreendentemente dramática, em Os irmãos Coração de Leão Astrid Lindgren pinta um quadro inesquecível de alegria e autonomia infantis, numa aventura em que a sensibilidade é a única arma capaz de vencer o mal.
Com uma narrativa surpreendentemente dramática, em Os irmãos Coração de Leão Astrid Lindgren pinta um quadro inesquecível de alegria e autonomia infantis, numa aventura em que a sensibilidade é a única arma capaz de vencer o mal.
Em 1944 Astrid Lindgren escreveu Píppi Meialonga, que já no lançamento causou furor entre os intelectuais e uma revolução nos costumes da Suécia de então. A autora acabou por operar uma grande transformação na literatura infantil européia, não só com a personagem Píppi, mas depois também, entre outras obras, com Os irmãos Coração de Leão.
Numa aventura intensa e fatal, dois irmãos passam de uma vida a outra, de uma morte a outra. No mundo do lado de lá - Nangiyala, um lugar fora do tempo, repleto de paisagens idílicas e monstros milenares - há paz, mas há também, eterna, a luta entre o bem e o mal; não há descanso, apenas uma contínua superação de obstáculos, permeada pela vertiginosa mobilidade da vida.
Essa jornada é protagonizada pelo belíssimo Jonathan Coração de Leão, o herói medieval de cabelos dourados e olhos da cor do céu, e por seu irmãozinho Karl, o dileto anti-herói de Astrid Lindgren. Menino tímido e medroso porém sensível e justo, que com sua fragilidade acaba por dobrar os mais fortes, Karl sintetiza o sonho de toda criança: ele vence os monstros, sem armas, apenas com seu coração assustado e heróico.